Portalegre, capital do norte alentejano marca, pelo segundo ano consecutivo, o início de mais uma Volta ao Alentejo Crédito Agrícola. A 34ª edição da “Alentejana” corre-se entre 16 e 20 de março num total de 907,5 km que vão terminar no centro histórico de Évora. São cinco etapas que percorrem as mais diversas geografias da região, numa organização da CIMAC - Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e da Podium Events.
No ano em que clubes como Sporting C.P. e F.C. Porto regressam à estrada, e o S.L. Benfica perspetiva a reentrada na modalidade, a Volta ao Alentejo Crédito Agrícola, uma tradição do ciclismo português, desperta ainda maiores expetativas. Um entusiasmo acrescido pelo facto, inédito a nível mundial nas provas de ciclismo por etapas inscritas
na União Ciclista Internacional, da prova nunca ter sido ganha duas vezes pelo mesmo corredor. No reforço dos valores de identidade regional, as flores das Festas do Povo de Campo Maior e a Arte Chocalheira de Alcáçovas juntam-se aos Chapéus Alentejanos nas cerimónias de pódio que celebram as conquistas diárias do pelotão da “Alentejana”.
Hortênsia Menino, presidente da CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, aponta como primeira virtude da “Alentejana” a longevidade da prova.“Do ponto de vista desportivo a Volta ao Alentejo está completamente consolidada no calendário nacional e internacional do ciclismo. Mas, ainda assim, há sempre lugar à renovação, sobretudo graças à diversidade patrimonial do Alentejo. Da montanha ao litoral, das planícies às encostas, a riqueza natural e arquitetónica permitem continuar a explorar, a cada primavera, um território imenso que é o Alentejo.”
Joaquim Gomes, o diretor de prova, chama a atenção para as dificuldades que se concentram no início da competição. “No primeiro dia fica provado que o Alentejo, ou parte dele, também pode ser bastante montanhoso. As características orográficas do percurso entre Portalegre e Castelo de Vide permitem fazer metade das oito contagens do prémio da montanha desta corrida. Os candidatos à vitória terão de provar o bom momento de forma para não serem surpreendidos.”
Mapa da “Alentejana”
A etapa inaugural da 34ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola, que começa em Portalegre, tem subidas em Cabeço do Mouro, Prémio de Montanha de 2ª categoria, Monte Paleiros (3ª cat.), Marvão (4ª cat.) e, a menos de 20km para a meta final instalada em Castelo de Vide, a Sra. da Penha (3ª cat.). Nesta primeira tirada de 158km há Metas Volantes no Crato, Monforte e Portalegre. O final deste dia, e das restantes tiradas, está previsto acontecer cerca das 16 horas.
A segunda etapa, e a mais longa, parte de Monforte e terá 206,2 km com Metas Volantes em Borba, Redondo e Reguengos de Monsaraz antes de subir e terminar junto ao castelo de Montemor-o-Novo.
Vincando a presença do Baixo Alentejo na prova, o terceiro dia de competição liga Portel a Beja. A etapa de 186,6 km com passagens por Vidigueira, Serpa e Mértola será a única sem qualquer contagem de montanha.
O fim-de-semana da “Alentejana” começa em Aljustrel. Na quarta etapa, com o Litoral Alentejano como pano de fundo, as Metas Volantes vão estar em Castro Verde, Odemira e Sines. Nas Cumeadas, em Santiago do Cacém, haverá uma contagem para o Prémio da Montana (4ª cat.). A chegada vai acontecer em Grândola após 184,7 km.
A competição vai terminar, dia 20 de março, em Évora. As derradeiras emoções da 34ª edição da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola vivem-se a partir de Santiago do Cacém de onde o pelotão partirá para os 172,3 km finais. As Metas Volantes estão em Isaías, Vendas Novas e Arraiolos, e a classificação da Montanha confinada aos Prémios de 4ª categoria em Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo. A chegada e a coroação do vencedor, como em 2014, vão acontecer na Praça do Giraldo, em Évora.