O presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia, revelou, esta sexta-feira, a vontade de que o campeonato do mundo de meia maratona de 2020 se realize em Lisboa, juntando os melhores atletas do mundo naquela que considera ser a prova mais “transversal e democrática do mundo”.
Carlos Móia indicou, na conferência de imprensa de apresentação da 26.ª edição da meia-maratona de Lisboa, que decorre no próximo domingo, que “gostava de apresentar a candidatura em 2018 para ajudar Almada na candidatura a cidade europeia do desporto”, mas que será uma tarefa difícil, uma vez que a mesma já está atribuída a Valência.
A prova deste ano, que conta com mais de 4.000 atletas estrangeiros num total de 35.000 participantes, assinala a comemoração dos 50 anos da Ponte 25 de Abril.
“Pretendemos vestir de gala para celebrar condignamente a Ponte, a qual é a grande diferenciadora de Lisboa”, afirmou o presidente do Maratona Clube de Portugal, numa clara alusão à qualidade e diversidade dos atletas presentes, dos quais se destaca David Weir, vencedor de quatro medalhas de ouro nos Paralímpicos de 2012, em Londres.
Quando questionado relativamente ao impacto económico da prova na cidade, Carlos Móia apontou o valor de “quatro por quatro”, ou seja, 8 milhões de euros, apenas ultrapassado pela Volvo Ocean Race, com um valor de cerca de 13 milhões de euros.
Em declarações ao aNotícia, Carlos Móia, esclareceu que apesar de estarem previstos aguaceiros para o próximo domingo, o tempo “não tem nenhum problema”, uma vez que “a chuva é um bem, refresca, o vento é que tem pois, vindo de frente, atrasa”.
O empresário e dirigente desportivo não adiantou nomes de possíveis vencedores, contudo esclareceu que, na prova feminina, “gostaria muito que fosse a Sara (Moreira) ou a Dulce (Félix) porque têm-se batido com as atletas africanas na maratona” e “daria outro colorido à prova”.
Na 25ª edição da meia maratona, o britânico Mo Farah era apontado como favorito, tendo vencido a prova em 59m32s e estabelecendo um novo recorde da Europa.
A melhor marca mundial na distância foi registada em 2010, pelo eritreu Zersenay Tadese, com o tempo de 58m23s, o qual, a ser ultrapassado no dia 20 de Março, dará ao vencedor um prémio de 50.000 euros.