“Mais instabilidade, mais insegurança, não abrem caminhos, fecham horizontes”, afirmou o Presidente da República na Assembleia da República, durante as comemorações dos 42 anos do 25 de Abril.
“Unamo-nos no essencial sem com isso minimamente negarmos a riqueza do confronto democrático” “Nós sabemos que estes tempos não são fáceis “, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Em termos de recomendação, o Presidente da República referiu “Portugal não pode nem deve continuar a viver sistematicamente em campanha eleitoral”, os portugueses têm e “Podem voltar a re-acreditar no futuro” acrescentando “vivem já uma distensão impensável há escassos meses”.
“Quanto aos grandes objetivos universais há um larguíssimo acordo entre os portugueses”, considerou, sublinhando que, “felizmente também há no nosso país neste momento dois caminhos muito bem definidos e bem diferenciados quanto ao modo de governação”.
Recordando as conquistas da revolução, o Presidente refere “Como um todo a revolução de 25 de abril acabou por abrir a Portugal horizontes para desafios que marcaram as décadas seguintes”, … “É míope negar as desilusões, o saldo é claramente positivo para quem tem memoria dos anos 70” sublinhou o Presidente.
Contudo, muito há a fazer. “O Portugal pós colonial tem de cuidar mais da língua, valorizar mais a cultura, ir mais longe na educação, na ciência e na inovação”,
“Dar mais peso às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, apostar mais na CPLP” e dar a quem vem de fora a oportunidade de cidadania que não tiveram nos seus países de origem, são outras ideias avançadas por Marcelo Rebelo de Sousa.
No fim do seu discurso Marcelo Rebelo de Sousa lança o desafio “Troquemos as emoções pelo bom senso”
Num texto que há muito se encontrava escrito, segundo as palavras do seu autor, Marcelo Rebelo de Sousa, conseguiu uma proeza quase inédita …. o aplauso, de pé, por todos os presentes na Assembleia da República.