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Maratona de Lisboa com vitória queniana e novo recorde feminino.

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Maratona de Lisboa com vitória queniana e novo recorde feminino.


A 4ª edição da Rock´n´Roll Maratona de Lisboa que ontem, dia 2, ligou Cascais ao Parque das Nações teve como vencedores Alfred Kering, com 2:10.27 horas e, na prova feminina, Sarah Chepchirchhir que estabeleceu um novo recorde pessoal e da competição com 2:24.12 horas.

A queniana confessou que “sinceramente, não esperava vir a Lisboa bater recordes”, mostrando-se muito satisfeita com o resultado numa prova que teve em Rosa Madureira, do Penafiel, a melhor portuguesa com um quinto lugar alcançado em 2:47.56 horas.

A Meia- Maratona, uma das três provas de ontem, arrancou às 10h30 da Ponte Vasco da Gama e foi o eritreu Nguse Amsolom a rasgar a fita da meta com 1:02.39 horas e a etíope Genet Yalew, na corrida feminina, a alcançar o triunfo com 1:10.25 horas. A benfiquista Dulce Félix, que só regressou aos treinos há cerca de três semanas, terminou em sexto lugar com o tempo de 1:16.19 horas e Samuel Barata repetiu o sétimo lugar do ano passado, mas com uma melhor marca pessoal: 1:15.16 horas contra 1:16.14 horas do ano anterior.

Cerca de 24 mil atletas competiram ontem na região de Lisboa, oriundos de vários pontos do país e mesmo do mundo como da vizinha Espanha, Marrocos e até do Japão.

Marcelo Chagas veio da Atouguia da Baleia, Peniche, para fazer a sua primeira meia maratona. O jovem de 28 anos explica que “sempre gostei de correr, mas agora tenho mais vontade porque, ao contrário de outros desportos, principalmente coletivos, sou eu que me desafio, que faço os limites, que compito comigo mesmo para tentar fazer menos tempo ou correr distâncias mais longas e claro, tentar ser o menos sedentário possível” e foi essa vontade de se ultrapassar a si mesmo que o moveu a correr, pela primeira vez 21 quilómetros:

“A participação na meia maratona pela primeira vez foi uma espécie de “análise” à minha capacidade. Nos últimos quatro meses tenho participado em várias provas de 10 quilómetros, mas essencialmente muita corrida de treino. Esta prova foi o culminar dessa etapa de reconhecimento das minhas capacidades em distâncias mais longas”. O resultado final foi ” fantástico! Cortei a meta com menos de duas horas, sem paragens, e essencialmente diverti-me bastante.”, sendo que o próximo passo será “correr uma maratona, mas só daqui a alguns meses”.

Houve ainda quem participasse na mini maratona, com cerca de 6 quilómetros que foram feitos, para muitos, a caminhar porque o “importante é o convívio e sair de casa para nos mexermos”, refere Manuela Fernandes, uma lisboeta “muito contente por ver tanta gente bem disposta”.

Carlos Móia, o homem forte da organização agradeceu as sinergias entre as várias câmaras municipais que permitiram um “dia bonito, lindo na cidade de Lisboa” e deixou já um novo desafio:

“Não se esqueçam, dia 11 de dezembro temos nova prova, a mais antiga do país!”, em alusão aos 10 quilómetros do 59º Grande Prémio Natal EDP.