“Terras Sem Sombra” é uma forma de promover “o direito à Cultura”. “Assim como temos o direito à água de qualidade, à saúde, à educação, a tudo aquilo que no fundo carateriza uma existência fecunda e de qualidade, nós temos também o direito à cultura.” Palavras de José António Falcão – Diretor geral do Terras sem Sombra – na conferência de imprensa de apresentação do Festival, que ontem, dia 26, decorreu na Casa do Cante, em Serpa.
“Felizmente o nosso país está a formar artistas de primeiríssima ordem, mas depois não os consegue integrar facilmente nos agrupamentos existentes, nas orquestras, nos grandes grupos corais. É fundamental, de alguma maneira, garantir o futuro profissional desta fileira que é importantíssima aos mais diversos níveis”, continuou José António Falcão, frisando desta forma a importância de prestar atenção às novas gerações de artistas, dando assim um novo “espaço à cultura”.
Por seu turno, Tomé Pires – Presidente da Câmara Municipal de Serpa – salientou que “dinheiro investido na cultura, não é despesa, mas sim investimento” pois “se temos património, temos que o salvaguardar” por isso este Festival é uma “estratégia de desenvolvimento”. Ana Paula Amendoeira – Diretora Regional de Cultura -, foi perentória ao salientar “Nós consideramos o Festival Terras Sem Sombra um projeto cultural total” salientando assim a “transversalidade” do Festival, cuja qualidade notável do programa o torna de grande importância para a região.
A conferência de imprensa não poderia ter terminado de melhor forma. Cerca de 40 crianças do projeto “Cante na Escola” brindaram e deslumbraram os presentes ao interpretarem algumas ‘modas’ bem conhecidas, no que foram acompanhadas pela viola campaniça de Pedro Mestre, seu professor.
Criado em 2013, o “Terras Sem Sombra”, assenta em três pilares: Música, Património e Biodiversidade, sendo considerado um dos cinco melhores festivais do género na Europa.
Pensado para as pessoas, este Festival, tem uma outra componente de relevo que é a divulgação dos produtos regionais do Baixo Alentejo, sendo o produto em destaque, este ano, o AZEITE.
“Terras Sem Sombra” vai decorrer entre 11 de fevereiro e 1 de julho, tendo como ‘palcos’ os concelhos de Almodôvar, Sines, Santiago do Cacém, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa, Castro Verde e Beja.
Os concertos, com entrada gratuita, são aos sábados à noite (sempre em monumentos, maioritariamente igrejas), sendo antecedidos por visitas guiadas ao património das cidades e vilas que pertencem ao roteiro do evento.
Aos domingos de manhã, terão lugar as atividades de divulgação e sensibilização para os tesouros naturais alentejanos.
Poderá consultar toda a programação do Festival “Terras Sem Sombra” aqui.