Carlos Barbero (Movistar Team) foi batido ao sprint, em cima da linha de meta, em Portel, mas as bonificações – importantíssimas na “Alentejana – levaram-no à Camisola Amarela Crédito Agrícola no final da segunda etapa discutida hoje, dia 23. Com o segundo lugar na etapa e a passagem em primeiro numa meta volante, o espanhol ganhou protagonismo e passou a liderar a prova com três segundos de vantagem sobre o anterior comandante, Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira).
Carlos Barbero, vencedor em 2014, está agora ainda mais perto de conseguir quebrar a tradição da “Alentejana”, única prova no mundo por etapas que nunca conheceu um duplo vencedor. “Os meus colegas protegeram-me muito bem durante todo o dia e só faltou a vitória. Não será fácil chegar ao final com a amarela porque esta prova é muito nervosa, todos os dias se decide ao segundo. Todos me perguntam o mesmo mas eu estou apenas concentrado em trabalhar todos os dias.”, explicou o espanhol da equipa Pro Tour Movistar.
A chegada a Portel em coluna compacta revelou que o Alentejo é um terreno fértil para o holandês Jacob Ariesen (Metec TKH) que foi o mais forte no sprint e o vencedor da etapa. Em três participações na prova alentejana esta foi a quarta vitória de Ariesen. A chegada foi muito nervosa, vimos a última curva e já estávamos nos 300 metros… só pensei em arrancar para a vitória! Esta é um a prova muito importante para a equipa e para mim é muito bom ganhar outra vez aqui. Sou um homem de sprint, não gosto de subidas e como ainda faltam três etapas vou tentar ganhar de novo. “ declarou o holandês voador.
“Empurrados” pelas bonificações
Os 147 corredores que saíram de Monforte esta quinta-feira fizeram-no em andamento vivo com muitas tentativas de fuga. Era a luta pela bonificações nas Metas Volantes a falar mais alto! As duas primeiras horas de prova foram percorridas à média de 46 km/h. Na passagem pelo Redondo, segundo “ponto quente do dia”, a guerra envolveu os melhores da classificação geral e, apesar da Amarela de Nocentini se vislumbrar entre os que discutiram esse sprint, foi Carlos Barbero quem mais amealhou.
Para além de ser o novo Camisola Amarela Crédito Agrícola, Barbero acumula também a Camisola Preta KIA da classificação por pontos. Com uma única contagem para o Prémio da Montanha, em Monsaraz, a Camisola Castanha Delta Cafés reservada aos trepadores continua na posse do colombiano Aldemar Reyes (Manzana Postobón). Edward Dunbar (Axeon Hagens Berman) é agora o jovem melhor classificado e tem a Camisola Branca RTP da juventude.
De Mourão a Mértola, uma maratona de quilómetros
A terceira tirada, a mais longa, levará a caravana até à “Capital “do Vale do Guadiana. Com 208 quilómetros de extensão, tem início esta sexta-feira na Praça da República, em Mourão, às 10h50. Totalmente “plana”, sem montanha à vista, os corredores terão oportunidade de bonificar nas metas volantes de Moura, Beja e Castro Verde. A meta instalada em Mértola vai receber o pelotão da 35ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola perto das 16 horas.