Tendo o oitavo lugar de Andreas Mikkelsen como o melhor resultado da equipa, o Rali de Itália/Sardenha 2017 ficou aquém das expetativas do Citroën Total Abu Dhabi WRT. Determinado em manter a estratégia iniciada este fim-de-semana, o alinhamento de pilotos da equipa vai voltar a contar com Andreas no Rali da Polónia (29 de junho – 2 de julho). O norueguês vai alinhar em Mikotajki ao lado de Craig Breen e Stéfpahe Lefebvre.
O RALI DE ITÁLIA/SARDENHA EM ANÁLISE
Depois da cerimónia inicial na quinta-feira e da especial noturna de abertura, o rali só arrancou a sério na manhã de sexta-feira. Disputadas na estrada em redor de Olbia, todas as quatro Especiais do dia foram percorridas em duas passagens, com uma assistência intermédia em Alghero.
Kris Meeke entrou a fundo, vencendo a segunda Especial e ocupando o primeiro lugar da geral na ES2. Muito satisfeito com o seu Citroën C3 WRC, o piloto da Irlanda do Norte foi momentaneamente ultrapassado por Hanninën antes de recuperar o primeiro lugar na ES4. Contudo, a sua corrida não estava destinada a durar muito mais: na ES5 o comandante da prova capotou o seu carro após embater numa berma. Meeke consegui chegar ao fim da especial, perdendo sete minutos no processo, mas foi forçado a abandonar quando chegou à assistência (estrutura de protecção danificada).
Nesta altura, já só havia um C3 WRC em prova dado que Craig Brenn tinha abandonado a etapa na ES3 quando estava em sexto da geral. O irlandês fez uma aterragem violenta após um salto, embatendo numa pedra exposta que não constava das notas de navegação. Os danos na caixa de velocidades ditaram a imobilização do carro, mas a equipa não teve quaisquer problemas em reparar o C3 WRC de forma a permitir ao piloto regressar à prova no dia seguinte em Rali 2.
Andreas Mikkelsen era, então, o único representante da equipa. No seu primeiro dia de competição com a Citroën, o norueguês adoptou uma abordagem estruturada com o objectivo de conhecer melhor o C3 WRC e desenvolver os melhores reflexos. Mantendo-se na oitava posição durante longos períodos, acabou por perder um lugar durante a tarde.
No dia seguinte, Andreas continuou a melhorar o seu rendimento, ajustando as afinações do carro de acordo com o seu estilo de condução. Apesar da sua falta de sorte na famosa especial de Monte Lerno (um furo de manhã e um problema num diferencial à tarde), o piloto manteve um espírito positivo, acreditando que as coisas estava a ir no caminho certo.
De volta à ação no sábado, Craig Breen apresentou um bom rendimento Especial de Coiluna-Loelle, sendo terceiro na primeira passagem e rubricando o segundo lugar na segunda passagem. As outras Especiais do dia não correram tão bem, com o piloto irlandês a viver momentos de aflição devido aos problemas de comportamento do seu carro.
A terceira, e curta, Etapa de domingo era formada de quatro especiais sem paragens para assistência. Apesar de ter sido o segundo a sir para a estrada, Andreas Mikkelsen confirmou o seu estado evolutivo iniciado nos dois primeiros dias do rali, conseguindo obter tempos muito promissores. Também Craig esteve bem, consquistando o terceiro tempo mais rápido na ES16.
No final da Power Stage, Andreas Mikkelsen e o seu navegador Anders Jaeger concluíram o seu primeiro rali com o Citroën Total Abu Dhabi WRT no oitavo lugar. Carig Breen e Scott Martin também chegaram ao final da prova, arrecadando mais alguns pontos para o Campeonato do Mundo de Construtores.
ALTOS E BAIXOS
Olhando para os altos e baixos da equipa nesta sétima ronda, os resuktados variam claramente de uma dupla para a outra. “Antes de o rali começar, pedimos aos nosso pilotos para chegarem ao fim do rali. Julgo que não era pensarmos que, tivessem eles sido capazes de conseguir esse objtivo, teríamos seguramente terminado a prova com dois carros entre os cinco primeiros”, referiu Yves Matton, Diretor da Citroën Racing. “Infelizmente, o Kris não consegui adoptar o ritmo necessário para fazer uma porva sem erros. Depois das primeiras especias, ele sentiu-se confiante e disse que o seu ritmo era consistente com os objetivos traçados. Claramente, ele não consegui manter o seu ritmo.”
“Quanto ao Craig, a sua prova foi abruptamente interrompida devido à aterragem violenta após um salto”, prossegue Yves Matton. “A sua falta de conhecimento das especiais ficou-lhe cara, pois trata-se de uma zona traiçoeira bem conhecida entre os pilotos mais experientes neste rali. Dito isto, constatámos que o seu abandono foi muito semelhante às condições do seu abandono na Argentina, por isso temos de ver melhor o que podemos faer para tornar o carro mais resistente a este tipo de impactos.”
“A abordagem do Andreas foi construtiva e positiva. Depois do dia de testes que antecedeu a prova, sabiámos que o C3 WRC tinha de ser adaptado ao seu estilo de condução que não inclui, de todo, travar com pé esquerdo. É claro que isso demora tempo, por isso este rali funcionou como sessão de testes prolongada. Mais do que o resultado propriamente dito – oitavo dageral – pensamos que fizemos um bom trabalho conjunto. Ele foi capaz de identificar os pontos em que temos de trabalhar primeiro, e conseguiu mesmo os seus primeiros melhoramentos.”
ALINHAMENTO REVISTO PARA O RALI DA POLÓNIA
A equipa está já de olhos postos na próxima prova, o Rali da Polónia (29 junho – 2 julho). O Citroën Total Abu Dhabi WRT vai alinhar com três Citroën C3 WRC para Craig Breen / Scott Martin, Stéphane Lefebvre / Gabin Moreau e Andreas Mikkelsen / Anders Jaeger.
“Depois de uma série de resultados decepcionantes, pedimos ao Kris Meeke para ficar de fora neste rali“ explicou Yves Matton, Diretor da Citroën Racing. “O Kris encarou isto como sendo no melhor interesse da equipa e queremos agradecer-lhe pela sua compreensão. Esta pausa vai permitir-lhe recarregar as baterias e libertar alguma da pressão dos últimos tempos, antes da preparação para o Rali da Finlândia. No ano, vencemos na Finlândia com um desempenho brilhante, portanto, espero que o nosso regresso seja em grande. Ao mesmo, esta alteração no alinhamento significa que podemos trabalhar mais com o Andreas. Esta primeira experiência foi mais uma sessão de testes do que um jornada competitiva propriamente dita. Um segundo rali irá dar-lhe a oportunidade de utilizar todas as coisas que ele já aprendeu para poder andar mais perto dos homens da frente. Além disso, ele gosta bastante do Rali da Polónia, pois venceu a edição do ano passado.”
“Estamos também empenhados em apoiar os nosso pilotos mais jovens, com o Craig Breen e o Stéphane Lefebvre já inscritos para a próxima prova“ continuou Yves Matton. “Ambos participaram no Rali da Polónia 2016, tendo registado resultados bastante dignos. Terão, portanto, uma excelente oportunidade para mostrar aquilo de que são capazes. Dito isto, o seu principal objetivo será terminar o rali sem cometer quaisquer erros.”
Por forma a preparar a oitava prova do WRC, a equipa vai testar durante quatro dias na Polónia. Andreas Mikkelsen, Craig Breen e Stéphane Lefebvre vão alternar ao volante do C3 WRC. Por sua vez, Kris Meek e Paul Naggle vão participar nos reconhecimentos do Rali da Polónia.