No final da etapa, que ligou Vila Franca de Xira a Setúbal, Raúl Alarcón, cortou a meta, instalada na Avenida Luísa Todi, completamente isolado, depois de assim ter percorrido os últimos dez quilómetros em plena serra da Arrábida.
Alarcón, percorreu os 203 quilómetros em 4:55:57 horas, menos 11 segundos do que o português Amaro Antunes e o espanhol David la Fuente, O ciclista da W52-FC Porto, para além de vencer a etapa, passou a comandar a Volta com seis segundos de vantagem sobre o compatriota e rival Alejandro Marque (Sporting-Tavira), sendo agora o novo “Camisola Amarela”.
Visivelmente satisfeito, Raúl Alarcón, que é o ciclista mais cotado do ranking UCI, entre todos os que estão a participar na Volta referiu que “Sabíamos que tínhamos de estar atentos à parte final da etapa e, apesar do ataque da Efapel, conseguimos contra-atacar e vencer”. Apesar de fazer a prova há muitos anos, esta é a primeira vez que o espanhol está de amarelo. “Liderar a Volta é muito especial”, rematou.
Para alem da camisola Amarela Santander Totta, Alarcon envergou ainda a Camisola Verde Rubis Gás, símbolo da classificação por pontos. Mereceu também honras de pódio César Fonte (LA Alumínios Metalusa-Blackjack), o melhor a trepar a Serra da Arrábida valendo-lhe a conquista da Camisola Azul Liberty Seguros. A Camisola Branca RTP para o melhor jovem passou para Óscar Rodriguez (Euskadi).
Hoje, domingo (6), terceiro dia de prova, a segunda etapa irá rolar entre a “Capital dos Vinhos de Portugal”, Reguengos de Monsaraz, e Castelo Branco. Será a mais extensa tirada desta edição, com 214,7 km. Depois de atravessar o Alentejo, nomeadamente a passagem pela Serra de São Mamede, que apresenta um relevo acidentado, e a travessia da Serra de Rodão, sem falar no calor que se irá fazer sentir, a Beira Baixa irá certamente receber um pelotão bastante cansado e desgastado. Em Castelo Branco, prevê-se uma chegada discutida num esforçado sprint, cerca das 17h20, uma vez que não haverá circuito final.