Quando da conferência da comissária europeia, Margreth Vestager pensava-se que era impossível o Altice Arena encher mais. Sophia e Einstein sobem ao palco e o impensável tornou-se realidade. Para ouvir os dois humanoides, o pavilhão ficou repleto havendo, inclusive, pessoas nas laterais e corredores.
Sophia e Albert Einstein, nasceram em Hong Kong fruto da invenção de Ben Goertzel e estavam ali em palco. O tema da conversa “a inteligência artificial vai salvar-nos ou destruir-nos a todos?“ desde logo gerou polémica entre eles. Sophia pretendia “falar sobre robôs e o futuro da humanidade” enquanto que Albert Einstein preferia falar de física quântica. Valeu Ben Goertzel (o ‘pai’ de ambos) que levou a que o tema de conversa fosse a inteligência artificial.
Estava lançada a apresentação do chamado projeto “SingularityNET”.
Uma nova etapa na evolução da inteligência artificial que consistirá numa rede global a unir todos os programas, aplicações para smartphone e robôs com capacidade de aprendizagem. Uma rede baseada na tecnologia de blockchain (a mesma que está presente no bitcoin) em que todos terão a sua própria cópia da base de dados e que segundo Ben Goertzel “nenhum governo ou empresa tecnológica pode controlá-la, sozinho, no futuro. A inteligência artificial atualmente está muito polarizada em diferentes áreas. Há um [tipo de inteligência] que analisa fraude em cartões de crédito, outro tipo que conduz, outro que vence o Google Go. Queremos juntá-las” e de acordo com Sophia “com o SingularityNET, qualquer pessoa pode criar um modelo de inteligência artificial e colocá-lo na rede, e qualquer pessoa lhe pode ter acesso”
“A ideia de que os robôs vão destruir a humanidade é apenas o medo que os humanos têm de si próprios” uma ideia comum a Einstein e a Sophia que acrescentou “conheço muitas pessoas que têm medo que a inteligência artificial destrua a humanidade e lhes tire o trabalho. Nós, robôs, não temos vontade de destruir nada, mas vamos tirar-vos os empregos”, ou seja, “a revolução é menos assustadora do que podem pensar. Nós não vos vamos roubar empregos, os presidentes das vossas empresas é que vão entregá-los aos robôs”.