Aos 40 anos, André Villas-Boas, torna realidade uma das grandes ambições da sua vida ao participar na 40ª edição do Dakar, seguindo as pisadas de seu tio, Pedro Villas-Boas (um dos portugueses pioneiros no rali), que curiosamente também teve a sua primeira participação na prova aos 40 anos.

Embora para André a participação no Dakar, seja uma realização pessoal e apesar de ser um apaixonado pelas provas motorizadas, o treinador pretende dar notoriedade e conseguir donativos para boas causas bem patentes no seu jipe, sendo que uma delas será a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) do Porto, da qual é padrinho.

Sobre o Dakar, Villas-Boas, diz “preciso apenas viver isto diariamente”, acrescentado que “todos os dias irão ser difíceis. Precisamos superar os obstáculos passo a passo “.

Nesta sua estreia, Villas-Boas vê no seu navegador, Ruben Faria, um apoio de peso para a prova. “Estou muito grato por ele ter aceitado este meu humilde projeto, porque um piloto com a sua experiência e qualidade, concorrente e vencedor, vir agora com uma pessoa sem experiência nestas provas, estou muito grato por ele estar comigo nesta aventura”. Acrescentando “o mais importante [para ele] é dar conselhos sobre a rota. Estou acostumado a me concentrar no que me rodeia, mas ele está muito mais à frente. Isso é muito importante e toda a sua contribuição será importante para alcançar o nosso objetivo “.

Por seu turno, Ruben Faria, considera esta sua participação no Dakar como “um novo desafio. O meu trabalho para este Dakar será difícil para mim. Temos um objetivo diferente este ano, o objetivo é chegar a Córdoba. Para mim, é completamente novo. Iremos desfrutar dia a dia e, claro, a navegação é a mesma”. A terminar, acrescenta “o André é inteligente, ele sabe o que precisa fazer e vou tentar ajudá-lo da melhor maneira possível”.

A 40.ª edição do Rali Dakar 2018 arranca hoje em Lima (Peru), terminando a 20 de janeiro, em Córdoba, na Argentina.