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PAULO BRAGANÇA: “Cativo” é o novo EP do fadista.

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PAULO BRAGANÇA: “Cativo” é o novo EP do fadista.
Paulo Bragança

“Numa ida data, de um dia qualquer, de todos os dias, um bardo, descido dum reino maravilhoso

Larga pedaços de murmúrios pelos cantos da cidade onde água corre

Gingando Amores

Sofrendo horrores

Agarrados ao peito, numa aflição de que se gosta e pela qual se reza para que Nunca se acabe.” É assim que Paulo Bragança ilustra “Cativo”.

Rosa da Noite, é o primeiro fado deste novo trabalho, e o primeiro single do artista desde 2006. Tem data oficial de lançamento no próximo dia 9 de fevereiro, exatamente um mês antes do lançamento do novo EP “Cativo”.

Depois de 17 anos desde o seu último trabalho, Paulo Bragança apresenta agora, em conjunto com a editora Alma Mater Records, o seu EP “Cativo” num ato de afirmação do mais independente e verdadeiro dos Fadistas.

E porquê este nome?

Paulo Bragança explica-nos que vem do “Ser enquanto Voz” ou seja, o “Cativo que todos temos na Voz”. É a palavra que melhor representa os novos temas do fadista que com este trabalho mostra, de uma forma despudorada, essa condição: da voz natural presa à Voz do Verbo que “no Início ERA”. Cativo, o Fado de cada Um por Condição.

“Cativo” é editado a 9 de março e conta com sete temas inéditos: Rosa da Noite (single lançado a 9 de fevereiro); Biografia do Fado; Peregrino; Mistérios do Fado; Soldado; Remar, Remar (versão de Xutos e Pontapés) e Caioneadh na Dtrímhuíre.

Sobre Paulo Bragança:

Paulo Bragança é o anjo caído do Fado e como tal o fadista por excelência. O Fadista do Fado “puro e duro”, o Fadista Punk, o Homem que descalço se perdeu e se encontrou pelo mundo. O Fadista que sabe como ninguém o que canta e como o canta.

Em exílio “espiritual e artístico” durante mais de uma década, eis que regressa para retomar um caminho que está longe de ter concluído. Em 1992 edita o seu primeiro disco e espanta Portugal. Do choque à adoração foi um ápice e seminal Amai vê a luz do dia dois anos depois, em 1994. Percorre o mundo, pela mão de David Byrne (Talking Heads/Luaka Bop) revolucionando o Fado. Edita ainda Mistério do Fado (1996) e Lua Semi-Nua (2001) e desaparece.

Ressurge em Dublin, como licenciado em Filosofia e actor de cinema (Henry and Sunny, Fergal Rock). Começa a fazer as malas. No regresso a Portugal assina uma colaboração lunar com os Moonspell, no tema In Tremor Dei, do disco novo da banda de Metal gótico, 1755, dedicado ao Terramoto de Lisboa.