O Capitólio é um marco fundamental na história da cidade de Lisboa e do país, tendo protagonizado, ao longo das décadas de 30 a 80 do século XX, um papel crucial na produção artística nacional e nas práticas culturais da cidade e da região de Lisboa. Jazz, fados, comédia e teatro de revista levaram a este espaço nomes como os de Raul Solnado, agora patrono do cineteatro, José Viana, Beatriz Costa, Ivone Silva, Henriqueta Maia entre outros.

Em conferência de imprensa ontem (21) realizada, tendo em conta a histórica diversidade do Capitólio, Vasco Sacramento, da Sons em Trânsito, a empresa responsável pela programação, fez questão de salientar que “queremos ser complementares e não concorrenciais, criar programação em rede, em articulação com o resto da cidade e do país; desenvolver uma oferta de serviço educativo, que atraia novos públicos, nomeadamente o infanto-juvenil; e estimular o pensamento, com tertúlias e conversas a decorrerem no terraço. O Capitólio quer assinalar os grandes acontecimentos da cidade de Lisboa, como a Eurovisão, os Santos Populares ou a Web Summit.”

Catarina Vaz Pinto, vereadora da cultura da Câmara Municipal de Lisboa, na sua intervenção na conferência de imprensa, salientou o facto de a Sons Em Trânsito se ter destacado no concurso público para a gestão da sala devido à sua proposta “de programação pluridisciplinar, que se relaciona com a cidade de Lisboa e preenche lacunas na oferta cultural da cidade”. Sendo Lisboa “um ecossistema cultural” Catarina manifestou a sua expectativa na realização de todos os projetos propostos para o renovado Capitólio.

O renovado espaço, conta com três palcos, um na sala principal (que poderá receber 400 pessoas sentadas ou cerca de 1.000 em pé), outro no terraço e um terceiro no exterior.

A apresentação do ‘novo’ Capitólio terminou com um showcase de Elisa Rodrigues, uma das grandes revelações do jazz nos últimos anos, que estreou dois temas do seu primeiro álbum em nome próprio, a editar na primavera, e que será apresentado ao vivo nesta sala.