Canções deste seu novo trabalho, intercaladas com temas já gravados anteriormente, passaram pelo palco com toda a intensidade e sentimento que a voz e a presença de Paulo Bragança transmitem.
“Soldado” de João Aguardela”, “Remar, remar” dos Xutos, foram alguns dos temas em que, e como ele próprio fez questão de dizer “gosto muito de pegar nas coisas dos outros e mexer-lhes”, a que deu a sua interpretação muito pessoal. Mas outras interpretações notáveis aconteceram neste espetáculo intimista e emotivo, tais como “Rosa da Noite, “Mistérios do fado”, “Lisboa a Namorar” e Biografia do fado”, para alem de dois temas de Adriano Correia de Oliveira, (“Para que quero eu os olhos” e “Vila de Fornos”), por quem Paulo Bragança diz ter “uma admiração tão grande, mesmo daquelas de curvar”.
Acompanhado por músicos de excelência, Tiago Silva, na viola, André Santos, na guitarra clássica, Jorge Carreiro, no contrabaixo, e Antonio Dias na guitarra Portuguesa, aquele a quem chamam o “punk “do fado, foi aplaudido de pé, pelo publico, a quem agradeceu emocionado de forma simples, com um “gostei muito de estar aqui”. Os olhos molhados não o desmentiram.