Nos dias 28 e 29 de setembro, Lisboa volta a vestir-se de Fado para mais dois dias em que a nossa música é o centro da festa no coração de Alfama. Uma das forças do Santa Casa Alfama é a forma como as melhores vozes e guitarradas se entrelaçam na paisagem do bairro. As vielas mais históricas, os recantos mais pitorescos, as coletividades mais bairristas… Tudo contribui para a magia do Festival. E este ano há mais um palco capaz de unir a beleza do local à beleza do Fado: o Rooftop do Terminal de Cruzeiros de Lisboa.
Com uma vista deslumbrante sobre o Cristo Rei, a Ponte 25 de Abril e toda a Lisboa que sobe de Alfama, a proposta é ficar com um “Um Fado ao Pôr do Sol”. No primeiro dia, dia 28, vai haver muita cumplicidade com dois concertos imperdíveis: José Gonçalez convida os Sangre Ibérico e Marco Rodrigues convida Diogo Piçarra. No segundo dia, dia 29, este rooftop vai virar uma casa de fados com a fadista Maria da Fé a convidar alguns dos que fazem parte do elenco do seu Sr Vinho: Duarte, Mel e Sara Paixão.
A assinalar os seus trinta anos de carreira, José Gonçalez convida os Sangre Ibéricopara uma hora onde o público poderá ouvir os fados mais tradicionais vestidos e cruzados pela linguagem da guitarra portuguesa de Ângelo Freire, a guitarra flamenca de Paulo Maia, a qualidade interpretativa de André Amaro (com Portugal e Espanha na voz) e os ritmos quentes e sedutores que saem do Cajon de Alexandre Pereira. Os Sangre Ibérico trazem o disco de estreia na bagagem, um registo que entrou diretamente para o 4º lugar do top de vendas nacional e que confirma este grupo de amigos como uma das maiores promessas da música portuguesa.
A atravessar um dos melhores momentos da carreira, depois do sucesso do disco “Copo Meio Cheio”, o fadista Marco Rodrigues convida Diogo Piçarra para uma hora absolutamente imperdível. Diogo Piçarra é um dos jovens cantores mais acarinhados pelo público e é também o responsável pela letra e música de um dos maiores sucessos de Marco Rodrigues. “O Tempo” é uma das melhores canções portuguesas dos últimos anos, que as principais rádios nacionais e também o coração de diferentes gerações de portugueses. E esse será um dos momentos mais aguardados deste Rooftop do Terminal de Cruzeiros de Lisboa e de todo o Festival.
No segundo dia, dia 29, o Porto de Lisboa vai transformar-se numa autêntica casa de fados… Maria da Fé é uma das maiores vozes de sempre da história do Fado, responsável por clássicos como “Até que a voz me doa” ou “Valeu a Pena”. A fadista do Porto também se destacou ao longo dos anos por manter aberta aquela que é umas das mais emblemáticas casas de Fado de Lisboa, o “Sr Vinho”, por onde já passaram algumas das melhores vozes portuguesas dos últimos trinta anos. Hoje em dia, o Sr. Vinho continua com um elenco de luxo e a prova disso são vozes como Duarte, Mel e Sara Paixão, os fadistas convidados por Maria da Fé para recriar o ambiente do Sr. Vinho numa sessão fados ao pôr-do-sol…
O fadista Duarte dispensa apresentações e já é uma certeza do Fado, com vários discos editados, todos eles marcados por uma enorme sensibilidade – “Só a cantar”, editado neste ano de 2018, é um belo exemplo disso. Mel e Sara Paixão, duas vozes promissores e cheias de talento, prometem trazer toda a sua frescura ao palco Rooftop Terminal de Cruzeiros de Lisboa. Ambas prometem novidades para breve e até lá crescem numa das melhores escolas do Fado: o Sr Vinho, claro…
Sociedade Boa União: Modus de Fado
Rooftop do Terminal de Cruzeiros de Lisboa / “Um Fado ao Pôr do Sol”:
Museu do Fado | Restaurante: Cristina Maria, Carlos Leitão
Museu do Fado | Largo Chafariz de Dentro: Marta Pereira da Costa, Pedro Joia
Palco Ermelinda Freitas | Largo das Alcaçarias: Ana Marta, Jorge Roque
Sociedade Boa União: José Geadas, Beatriz Felício
Rooftop do Terminal de Cruzeiros de Lisboa / “Um Fado ao Pôr do Sol”: Maria da Fé convida Duarte, Mel e Sara Paixão do Sr. Do Vinho