Depois de partir de França a embarcação com 30 m de comprimento e 13 metros de largura movida a hidrogénio navega em águas Lusas e irá permanecer até 30 de setembro, junto à praça do comércio. Uma das paragens obrigatórias do Energy Observer na sua viagem à volta ao mundo, é Lisboa. Antes de chegar a Portugal, o catamarã já passou por 13 portos de Itália, França, Espanha e Marrocos. Serão ao todo 6 anos de viagem passando por 50 países e 111 portos.
Energy Observer: uma montra de energia renovável
Lançado em 2017 em Saint-Malo (França), o Energy Observer é mais do que apenas um barco. A embarcação é uma forma de comunicar mensagens positivas e inspiradoras. Para além disso, apresenta soluções energéticas amigas do ambiente. O Energy Observer apresenta tecnologias que irão apoiar as redes de energia de amanhã para torná-las eficientes e aplicáveis em grande escala. É este modelo, baseado em várias fontes de energia renováveis e armazenamento que a equipa da Energy Observer irá promover na sua tournée mundial.
Tal como na viagem de circum-navegação liderada por Fernão de Magalhães, iniciada em 1519, esta viagem é uma odisseia. Num desafio simultaneamente humano e tecnológico, o Energy Observer irá navegar durante seis anos para testar a tecnologia a bordo em condições extremas, levando o primeiro barco de energia autónoma à volta do globo. Além disso, a equipa liderada por Victorien Erussard e Jérôme Delafosse, também procura soluções para promover e liderar uma transição energética ecológica.
A Toyota e o Hidrogénio
O hidrogénio está no centro do projeto Energy Observer, sendo a principal razão para a participação da Toyota Motor Europe. O hidrogénio a bordo da embarcação, permite uma vantagem considerável em termos de peso (cerca de -50%) quando comparado a uma solução de armazenamento exclusivamente a baterias.
Utilizado como meio de armazenamento de energia, o hidrogénio é fundamental para ultrapassar a questão do fornecimento intermitente de energia, tanto em terra quanto no mar: para explorar a energia excedente e, assim, ampliar a autonomia das instalações móveis e estacionárias.
A Toyota foi pioneira com o Toyota Mirai – o primeiro automóvel sedan a pilha de combustível de produção em série no mundo. Após a chegada ao mercado japonês em dezembro de 2014, a produção anual tem aumentado todos os anos, passando de cerca de 700 unidades em 2015, para cerca de 2.000 em 2016, atingindo cerca de 3.000 em 2017. No entanto, para estimular a utilização mais generalizada de veículos elétricos a hidrogénio com zero emissões é necessário popularizar estes veículos em várias regiões do mundo. O objetivo de vendas anuais da marca é de 30.000 veículos a pilha de combustível no ano 2020.
Tokyo 2020: um objetivo comum para os dois impulsionadores de Hidrogénio
Após ter navegado junto a França e à Península Ibérica em 2017, a embarcação está a percorrer o mediterrâneo e irá para o norte da Europa em 2019. O Energy Observer tem por objetivo chegar a Tóquio a tempo do Jogos Olímpicos de 2020.
A Toyota tem sido pioneira na tecnologia de hidrogénio nos últimos 20 anos, ao realizar testes em condições exigentes para garantir que o hidrogénio possa funcionar como uma alternativa prática de combustível. O hidrogénio permite um reabastecimento rápido, uma autonomia significativa e uma ótima experiência de condução sem emissões, e a pilha de combustível ajuda a locomover carros, autocarros, camiões e até mesmo empilhadores.