A iniciativa é conhecida por “Setembro Amarelo, porque no dia 10 desse mês se assinala o Dia Internacional da Prevenção do Suicídio, e o amarelo inspira-se na história de um rapaz, norte-americano, que com 17 anos se suicidou no Mustang que tinha restaurado e pintado de amarelo”, explicou a psiquiatra Filipa Palhavã do Hospital do Litoral Alentejano, acrescentando que “a família e amigos começaram a fazer campanha em prol da prevenção do suicídio com laços amarelos, a ideia tornou-se global”.
Portugal recebeu pela primeira vez esta iniciativa em 2017 através da Unidade de Saúde do Baixo Alentejo e estendeu-se a toda a Região. Filipa Palhavã salienta que os números do suicídio no Alentejo estão muito acima da média nacional, apontando como razões “o isolamento, o envelhecimento sem qualidade, a falta de apoio das famílias, sentir que já não vale nada para a sociedade e que esta não lhe pode dar mais nada”. O desporto desempenha aqui um papel importante no envelhecimento de qualidade, “porque também ajuda a extravasar tensões internas”, refere a médica.
A psiquiatra aponta três sinais de alerta que devemos perceber numa pessoa deprimida, que são “o isolar-se, não extravasar emoções e tensões, estar sempre a pensar sobre o suicídio. Temos de estar atentos e procurar ajuda quer junto do Serviço Nacional de Saúde como nos serviços especializados. Os pais também devem estar atentos aos filhos e podem comunicar esses sinais à escola”.
Cada ano, globalmente, o suicídio é responsável por mais de 80 mil mortes (um suicídio a cada 40 segundos). Caso pretenda, poderá saber mais em https://iasp.info