Desde os primeiros planos, a Opel procurou métodos de produção realmente eficientes, conseguindo dessa forma tornar os seus automóveis acessíveis a maior número de pessoas. Aliás, a Opel foi o primeiro fabricante alemão a utilizar produção em linha, logo em 1924. Isto contribuiu para que o Opel 4/12 PS “Laubfrosch” e todos os subsequentes Opel 4 PS se tornassem em ‘bestsellers’. A empresa de Rüsselsheim produziu modelos dirigidos às massas com tecnologia avançada, como o Opel P4 e o Kadett (já com carroçaria monobloco) nos anos 1930. Automóveis produzidos na Alemanha, com engenharia alemã, tornavam-se acessíveis. E esse desígnio de democratizar a mobilidade chegou até aos desportivos, quando a Opel lançou o GT em 1968.
Os produtos Opel sempre usufruíram de posições de destaque em todos os segmentos. Modelos como o Opel Kadett, o Rekord e o Kapitän marcaram o período da reconstrução europeia e o período do ‘milagre económico’. Automóveis emblemáticos como o Opel GT, o Manta e o Monza criaram novas tendências de estilo. Nas décadas de 1980 e 1990, Corsa, Astra e Zafira resultaram em ‘bestsellers’ e, simultaneamente, em símbolos de reunificação. Após a queda do muro de Berlim, a Opel construiu uma fábrica em Eisenach, na antiga Alemanha Oriental, e tornou-se mais popular do que nunca. O primeiro Astra alcançou 4,2 milhões de unidades produzidas entre 1991 e 1998, entrando para a História da marca como a geração de modelo Opel mais vendida de sempre. Até ao presente, a Opel manteve sempre um papel de destaque na sociedade, disponibilizando tecnologia normalmente reservada a automóveis bastante mais caros. Soluções inovadoras como os faróis de matriz de LED IntelliLux no compacto Astra (Carro do Ano 2016 na Europa e em Portugal) e no topo de gama Insignia, os bancos ergonómicos certificados pela AGR ou a extensa lista de sistemas que garantem os mais elevados níveis de segurança e de conforto, são exemplos de como a marca se destaca no propósito de democratizar a mobilidade assente em tecnologias inovadoras.
Do Lutzmann ao Doktorwagen: os anos pioneiros
A Opel faz parte do grupo restrito de pioneiros da indústria automóvel do final do Século XIX, onde constam também nomes como Daimler, Benz e Peugeot. Na primavera de 1899, depois de adquirida a fábrica de Friedrich Lutzmann, a família Opel de Rüsselsheim apresenta o primeiro Opel Patentmotorwagen System Lutzmann. Dois anos depois, uma unidade modificada deste modelo sai vencedora na Corrida de Montanha Heidelberg-Königstuhl, à frente de 16 concorrentes «inscritos por fabricantes alemães bem conhecidos».
Na generalidade, a indústria automóvel desenvolve-se a um ritmo alucinante. Enquanto os primeiros veículos podiam ser vistos como descendentes diretos de carruagens puxadas por cavalos, em 1909 a Opel coloca no mercado um automóvel pequeno ultramoderno, a um preço extremamente competitivo. O modelo era o Opel Doktorwagen 4/8 PS, totalmente projetado e produzido pela Opel, incluindo o motor de quatro cilindros em linha. Na publicidade, a marca prometia que se tratava de um automóvel ideal para médicos, veterinários e advogados. O Doktorwagen custava entre 4000 e 5000 marcos, enquanto muitos outros veículos à venda nesta época estavam no patamar dos 20.000 marcos. Num ápice, quando os outros constroem brinquedos de prestígio para os mais abastados e famosos, o modelo da Opel é o automóvel que está acessível a uma camada alargada da população.
Do Laubfrosch ao Kadett: mobilidade para as massas
Friedrich Opel – entretanto promovido a engenheiro-chefe – e Wilhelm Opel concebem uma fábrica de montagem em linha em 1924. Ford havia sido o primeiro fabricante a utilizar este método de baixo custo na América, em 1913. A Opel sempre revelara interesse pelos progressos feitos em outros países. Adam Opel tinha ficado fascinado pela máquina de costura durante os anos em que viajou em França. E, mais tarde, o System Darracq seria um dos modelos a alavancar a produção de automóveis em Rüsselsheim. Os irmãos Opel lançam, então, o 4/12 PS “Laubfrosch”. O emblemático ‘dois lugares’, capaz de atingir 60 km/h, é vendido a preço acessível graças ao método de produção em linha. Nos anos seguintes, a Opel concebe uma gama de modelos baseada na tecnologia do Laubfrosch. No total, são produzidas 119.484 unidades de modelos 4 PS até 1931.
O que estes revolucionários modelos representam nos anos de 1930 é assumido pelo Kadett na década seguinte. O Automóvel progride a passos largos. O Kadett sucede ao Opel P4 e destaca-se desde logo com uma carroçaria autoportante em aço, suspensão dianteira independente, motor de quatro cilindros a quatro tempos e travões hidráulicos de tambor. Os preços situam-se bem abaixo dos valores dos concorrentes diretos.
A designação Kadett é retomada mais tarde, em 1962, num modelo novamente avançado para a época: o Kadett A. Enquanto muitos fabricantes ainda utilizam motores a dois tempos ou motores traseiros arrefecidos a ar, a Opel proporciona o conforto de um motor de quatro cilindros arrefecido a água, uma transmissão silenciosa de quatro velocidades e diferentes variantes de carroçaria que vão da berlina à ‘station wagon’ Caravan.
Do Olympia Rekord aos modelos KAD: aumenta a prosperidade
O primeiro Opel completamente novo do pós-guerra é o Olympia Rekord, que inaugura uma nova era de estilo com formas e decoração mais exuberantes. Aqueles que têm sucesso voltam a querer exibi-lo. Assim, o ‘design’ recorre a elementos utilizados nas grandes ‘limousines’ americanas, numa época em que se iniciava o ‘milagre económico’. Ao mesmo tempo, o Olympia Rekord Caravan constitui uma oferta irresistível e cria uma nova tendência de ‘station wagon’ para toda a família. O novíssimo Opel Kapitän chega em 1954 e o Opel Rekord P2 é lançado em 1960. O Rekord A surge em 1963, com travões de disco e, um pouco mais tarde, com motor de seis cilindros. Independentemente da variante de carroçaria – coupé, berlina ou ‘station wagon’ – o familiar Rekord torna-se num símbolo da classe média bem sucedida na recém-formada República Federal da Alemanha. A Opel produz 882.433 Rekord A até 1965. Este sucesso abre caminho para os “três grandes” – em 1964, o Kapitän, o Admiral e o Diplomat (a chamada série KAD) chegam ao segmento dos veículos de luxo. A segunda geração KAD viria a elevar o patamar de conforto com uma evoluída suspensão traseira e eixo de Dion. Registe-se que, nesta altura, a Opel introduziu a coluna de direção de segurança (sistema telescópico) com o Rekord C, em 1968. Tratou-se de uma inovação que reforçou significativamente os níveis de segurança passiva.
Do GT ao Calibra: desportivos emblemáticos
Em 1964, a Opel foi o primeiro fabricante europeu a deter um moderno estúdio de Design digno desse nome. Logo um ano depois, o primeiro ‘concept car’ de uma marca europeia, o Experimental GT, faz a sua estreia no Salão de Frankfurt. E bastaram apenas 36 meses para que o Opel GT de produção em série, inspirado no protótipo, chegasse aos concessionários de toda a Europa. Nascia um desportivo emblemático que, uma vez mais, sobressaía por ser acessível. Este conceito viria a ser seguido nos anos seguintes, bem patente no Opel Manta, que partilhava a base e a tecnologia do modelo Ascona de 1970. Anos mais tarde, em 1989, o belo Calibra assenta na base do inovador Opel Vectra. O Calibra assina um recorde em aerodinâmica: Cd de 0.26. E a versão de topo de gama, o Turbo 4×4, debita 204 cv de potência, oferecendo ‘performances’ ao nível de um desportivo do dobro do preço.
Do Corsa ao Ampera: referências do mercado
Em 1982, a Opel faz grande sucesso com um pequeno automóvel. O Corsa A, posicionado antes do Kadett, completa uma gama diversificada de modelos e demonstra como se consegue maximizar o espaço sem comprometer prazer de condução nem economia de utilização. Cada geração Corsa, do A ao E, viria a contribuir ativamente para a democratização da mobilidade individual. Até ao presente, foram vendidos mais de 14 milhões de unidades Corsa. Em 2019, a Opel lançará uma nova geração Corsa, que acrescentará um novo capítulo à História do modelo, com uma versão de motorização exclusivamente elétrica.
Tal como o Corsa teve grande influência no segmento dos automóveis utilitários, o Zafira cedo se assumiu como a referência entre os monovolumes logo após o lançamento em 1999. Com lugar para sete passageiros, o Zafira destacou-se com uma engenhosa terceira fila de bancos, que podiam ser rebatidos individualmente, desaparecendo sob o piso do habitáculo. A versatilidade era um dos grandes trunfos deste modelo, que conseguia transformar-se facilmente de monovolume de sete passageiros em ‘furgão’ graças ao rebatimento dos bancos, com capacidade de carga até 1700 litros. O atual Zafira mantém todas as ‘qualidades metamórficas’, podendo até assumir-se como um ‘salão sobre rodas’ graças ao evoluído sistema de bancos Flex7 Plus.
Imediatamente apontado como referência, logo desde a estreia mundial no Salão de Genebra de 2009, o Ampera traçava o caminho para a redefinição da mobilidade elétrica. Eleito Carro do Ano Europeu em 2012, este modelo possui tração elétrica e um extensor de autonomia, libertando-o dos postos de recarregamento quando é preciso fazer uma deslocação mais longa. A segunda geração deste modelo é apresentada em 2016, no Salão de Paris. Trata-se de um elétrico a bateria, com autonomia de 520 km (ciclo NEDC) graças a uma evoluída bateria de iões de lítio com 60 kWh de capacidade. O motor com 150 kW (204 cv) de potência proporciona desempenho muito dinâmico. O próximo automóvel elétrico de Rüsselsheim, o Corsa-e, será dado a conhecer em 2019.
Do Astra ao Insignia: a nova eficiência
O lançamento da nova geração Astra, em 2015, desvenda um automóvel muito leve, que pesa menos 200 kg do que o anterior modelo. O leque de motores segue uma estratégia de ‘downsizing’, com cilindradas mais baixas e recurso a sobrealimentação. Pela primeira vez, o Astra possui uma versão dotada de um eficiente motor 1.0 de três cilindros com turbocompressor e injeção direta de gasolina. Do lado do equipamento destaca-se o inovador sistema de faróis de matriz de LED IntelliLux, que constitui estreia absoluta no segmento dos automóveis compactos. O Astra convence clientes e especialistas, sendo eleito Carro do Ano 2016, na Europa e em Portugal.
Lançado em 2008, o Insignia A é o primeiro Opel a fazer leitura de sinais de trânsito e a oferecer um sistema ‘inteligente’ de faróis, batizado AFL+. Tal como o Astra, a segunda geração do topo de gama da Opel foi concebida à luz do princípio de eficiência. A nova geração Insignia é mais leve, mais económica e, simultaneamente, mais espaçosa. As versões de topo – Insignia GSi, Country Tourer, Grand Sport e Sports Tourer – contam com um sofisticado sistema de tração integral com vectorização de binário, capaz de fazer variar a velocidade de rotação de cada roda traseira, em frações de segundo, de acordo com as situações de condução. O Opel Insignia é o primeiro automóvel de um fabricante generalista a disponibilizar esta tecnologia no segmento dos automóveis familiares.
De Mokka a Grandland X: o fenómeno SUV
SUV é a palavra da moda na indústria automóvel. As pessoas querem sentar-se em posição um pouco mais elevada e usufruir de melhor visibilidade a toda à volta, seja na cidade ou em viagem. A Opel cedo percebeu esta tendência e surgiu com uma proposta inédita no segmento B. O jovial sub-compacto Mokka, disponível em versões 4×4, é um sucesso imediato logo a partir do lançamento. Alguns anos mais tarde, em 2017, o Mokka X recebe a companhia dos SUV Crossland X e Grandland X. Os três membros da linha X da Opel estão equipados com tecnologia avançada, incluindo bancos ergonómicos com o selo de aprovação AGR. Bancos especialmente confortáveis foram desde sempre parte do ADN da Opel. Na verdade, há 120 anos, o Opel Patentmotorwagen System Lutzmann já exibia orgulhosamente uns excelentes bancos forrados a pele.