Com um posicionamento de relevo na área do turismo e no sector do jogo, a Estoril Sol tem-se vindo a distinguir pelo contributo dado no apoio às artes, à cultura, ao espetáculo, às Letras, à solidariedade social, entre outras relevantes iniciativas que consolidaram, ao longo dos anos, uma relação profunda com a sociedade portuguesa. Fiel à sua matriz, a Estoril Sol, assinala o seu 60º aniversário com um programa cultural, no qual pontificam um desfile de Agatha Ruiz de la Prada e um concerto de Chris de Burgh.
Estoril Sol – 60 anos de história ao serviço do turismo e da cultura
Foi em 1958 que o Governo de Salazar colocou a concurso a concessão da exploração de jogos de fortuna e azar da zona exclusiva do Estoril. A Estoril-Plage, até então detentora da concessão do Casino Estoril, da família herdeira de Fausto Figueiredo, não se candidatou. Criada para o efeito, nesse ano, pelo empresário José Teodoro dos Santos, a Estoril Sol ganhou a concessão.
A Estoril Sol passou a gerir o velho Casino e fez uma forte aposta em vários eventos culturais e desportivos, como, por exemplo, as batalhas de flores no Parque do Estoril, corridas de automobilismo, exposições, partidas de ténis, feiras de artesanato. Começou a organizar o Carnaval nos Jardins do Casino, que ganhou dimensão internacional ao contar, logo na primeira edição, com a participação de Maurice Chevalier e de Pierre Balmain. Sucederam-se anos de muita folia, com carros alegóricos desenhados para o efeito. Um deles, com uma girafa criada por Salvador Dalí, tornou-se icónico, ficando vários anos exposto em frente ao Casino Estoril.
Em 1965, foi inaugurado o Hotel Estoril Sol. O edifício de 21 andares e 404 quartos foi considerada a maior unidade hoteleira do país e fazia parte de uma das contrapartidas da atribuição da concessão à Sociedade Estoril Sol. Tal como a construção de um “novo” Casino Estoril, cuja obra viria a ficar concluída em 1968.
Após a morte de Teodoro dos Santos, em 1971, a Estoril Sol foi gerida pela estrutura acionista familiar onde constavam a viúva Marcelina Teodoro dos Santos, o filho Jorge Teodoro dos Santos e a filha Maria Emília Teodoro dos Santos Telles. O genro, Manuel Joaquim Telles, assumiu o cargo de Presidente do Conselho de Administração.
Em 1984, a Estoril Sol venceu o concurso público para explorar a zona de Jogo do Estoril e, em 1987, renovou a concessão por mais 19 anos. A estrutura acionista maioritária da Sociedade Estoril Sol passou a ser representada por Stanley Ho, empresário de Macau que já tinha ligações ao jogo, mas também à região.
Com uma nova orientação, o Casino Estoril iniciou uma profunda reestruturação que incluiu, de forma faseada, um vasto programa de obras. O projeto, da autoria do arquiteto Fernando Jorge Correia, teve como tema o Preto e Prata. Uma revolucionária filosofia de combinação do espetáculo e do entretenimento com o jogo, tradicional ou em slot-machines, empreendida por Mário Assis Ferreira, marcou uma nova época, sendo reconhecida pelo pioneirismo na originalidade e na ousadia das suas propostas e seguida por outros concessionários em Portugal, para além de se ter transformado num case study internacional.
Como sublinhou, aliás, Stanley Ho, Presidente do Conselho de Administração da Estoril Sol SGPS, na sua intervenção na Gala do cinquentenário da Estoril Sol, em 2008, “O sucesso da transformação conceptual que a Estoril Sol introduziu, desde 1990, nos Casinos portugueses transformou os tradicionais espaços de Jogo em verdadeiros mega centros de oferta de arte e de entretenimento”.
Mas, a Estoril Sol não deixou de alargar os seus horizontes, circunscritos inicialmente à valorização turística da região Estoril-Cascais. Em 1997, acolhe outro desafio emergente. Com a aquisição do Casino da Póvoa foi necessário remodelar um edifício de traça clássica. Após uma radical intervenção – preservando integralmente a dignidade arquitetónica do edifício – , o seu interior mudou de forma e de estilo, passando a conviver com uma modernidade perdida. O Casino da Póvoa saiu, assim, de um imobilismo prolongado e reencontrou-se com os poveiros, e as gentes do Norte.
Por sua vez, o Casino Estoril adquire o estatuto de maior Casino da Europa, visitado anualmente por mais de dois milhões de pessoas, com uma apreciável percentagem de turistas estrangeiros, oriundos das mais diversas nacionalidades. Consolidou-se como um espaço único no sector turístico nacional, dispondo de vários espaços, que vão desde o entretenimento (Salão Preto e Prata, Auditório, Lounge D, Galeria de Arte) à restauração (Estoril Mandarim Zeno Lounge, Nobre Estoril, Buffet Clube IN) os quais reúnem condições privilegiadas para os seus frequentadores.
Com o modelo e prestígio do Casino Estoril já consagrados, a Estoril Sol enveredou por uma nova aposta, inaugurando um Casino em Lisboa, a 19 de Abril de 2006. Construído no tempo recorde de 11 meses e três semanas, este inovador projeto, assinado pelo Atelier de Arquitetura Fernando Jorge Correia, distingue-se pela sua ousadia conceptual, bem como pelas opções estéticas dos interiores, com soluções funcionais e um layoutde cariz vanguardista.
Com e sofisticados padrões de qualidade, o Casino Lisboa foi direcionado para um público entre os 25 e os 40 anos, que gosta de um espaço mais minimalista, com um design depurado, de vanguarda, e que frequenta o Casino não só pela vertente do jogo mas, igualmente, pela vertente mais social e cultural. O Casino Lisboadistingue-se pelas modernas áreas reservadas ao jogo, sendo também um espaço de eleição nos domínios do espetáculo (Auditório dos Oceanos, Arena Lounge e Galeria de Arte) e da restauração (Hua Ta Li, Le Buffet e Beltejo). O Casino Lisboa definiu como uma das suas principais prioridades o turismo de negócios. Diferente de todos os casinos conhecidos, este espaço constitui um ponto de referência na oferta turística da cidade.
A promoção da cultura tem sido um desígnio que acompanha a Estoril Sol e por inerência os seus Casinos, cujas iniciativas se estendem, também, ao meio literário. Na área da Literatura, foram criados o prémio Literário Fernando Namora, em 1988, e Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2008, e mais, recentemente, em 2016, o Prémio Vasco Graça Moura, reservado a uma personalidade portuguesa, que se tenha notabilizado na área da Cidadania Cultural do País.
Lançada em 2000, a Revista “Egoísta” é uma referência do meio literário, tendo sido já reconhecida com mais de 84 prémios nacionais e internacionais na área do jornalismo, design, edição, criatividade e publicidade, o que a torna na publicação mais premiada da Europa, estando presente no Museu do Louvre como ícone do grafismo no século XXI.
Continuando a sua política de modernização, a Estoril Sol lançou, em 2016, o Jogo Online. Trata-se de uma nova área de negócio que permite aos utilizadores jogar a partir de qualquer lugar através do seu computador, telemóvel ou tablet. Com esta nova modalidade entrou numa nova era, complementada com a dos jogos tradicionais.Como referiu António Vieira Coelho, Administrador da Estoril Sol, numa recente intervenção sobre o Jogo online na conferência “Os 90 Anos das Concessões de Jogo nos Casinos Portugueses”: “O primeiro objetivo quando, há 4 anos atrás, resolvi propor o nosso envolvimento no Jogo Online, foi o de potenciar a criação de novos clientes para os Casinos do Grupo, no caso o Estoril, Lisboa, e também o da Póvoa”.
“A Estoril Sol, foi e é pioneira na Europa deste tipo de Casinos: espaços onde o Jogo se assume como uma atividade de divertimento, ao lado da restauração, dos espetáculos musicais, de variedades, do teatro, das discotecas, da arte, enfim de toda uma panóplia de atividades de qualidade de carácter lúdico, e onde a cultura pontua com as atribuições anuais de vários prémios literários, de prémios de pintura, e de publicações editoriais de reconhecido mérito internacional”, explicou Vieira Coelho.
E prosseguiu, “Paralelamente, a Estoril Sol reforça toda esta intervenção social, com apoio efetivo a dezenas de eventos anuais de solidariedade, através do mais variado tipo de organizações dedicadas para este fim. E raramente publicitamos estes apoios sociais. É esta a nossa maneira de estar. Mas, sendo a atividade de jogo menos bem vista, mas estando regulamentada, e sendo praticada por empresas com elevado sentido ético e de responsabilidade social, como o temos vindo a demonstrar, desde há pelo menos 60 anos, esta questão não se põe, e deve ser vista como uma boa prática, que aufere para o Estado em impostos, quantias que financiam cerca de 70% do Turismo de Portugal, e além disso se evidencia criando espaços turísticos incontornáveis de reconhecido valor nacional e até internacional, como é o caso do Casino Estoril e Casino Lisboa”.
Vieira Coelho sublinhou, ainda, que: “ao aproximar-se já em 2020, um obrigatório e quase certo Concurso Público internacional, para as Concessões de Jogo do Estoril e por extensão ao de Lisboa, espero bem que o Estado Português tenha esta irrepreensível atuação da Estoril Sol em boa conta, e não a vá pôr atrás de meros interesses económicos só porque um qualquer grupo económico mais ou menos obscuro vindo não se sabe de que parte do Mundo, porque dá mais dinheiro, fica com a Concessão”.
Com um notável percurso ao serviço do turismo e da cultura, a Estoril Sol cresceu, de forma muito expressiva, nas últimas três décadas, transformando-se na maior empresa no seu segmento da atividade turística em Portugal. É uma das maiores contribuintes líquidas a nível nacional e, seguramente, a maior em termos de apoio financeiro aos Concelhos onde está implantada. A Estoril Sol é concessionária dos três mais emblemáticos casinos do País e, designadamente, daquele que é, na atualidade, o maior casino da Europa – o Casino Estoril, sendo o grupo responsável por cerca de dois terços da globalidade das receitas geradas no universo de todos os casinos em operação em território nacional.