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Accord de Paris: Uma exposição-manifesto de BORDALO II

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Accord de Paris: Uma exposição-manifesto de BORDALO II
Accord de Paris: uma exposição-manifesto de BORDALO II - ®DR

 

De 26 de janeiro a 2 de março de 2019, um espaço em bruto com 700 m2, no 13º “arrondissement” de Paris, será palco da representação desta autofagia destrutiva, em trinta esculturas de animais ameaçados de extinção, criadas a partir de resíduos de plástico, máximo paradigma das consequências desastrosas da globalização. Accord de Paris tem entrada livre, de terça-feira a domingo, entre as 14h00 e as 19h00, estando as manhãs reservadas às crianças em idade escolar. A inauguração acontece a 26 de janeiro, às 15h00.

BORDALO II partilha a sua visão sobre esta nova exposição: “A terra é a nossa casa, o nosso habitat, onde comemos e respiramos. Não pode haver distinção entre a forma como cuidamos do meio ambiente e a qualidade de vida dos seres humanos ou da própria vida. Através do meu trabalho comunico ideias, medos e promovo a tomada de consciência sobre os problemas que enfrentamos à escala planetária: aquecimento global, mudanças climáticas, extinção em massa, desmatamento, escassez de água, poluição e assim por diante. Paris é a cidade perfeita para partilhar as minhas novas criações, conceitos e ideias. Uma mensagem de esperança para a geração mais jovem”.

Accord de Paris é uma aventura humana, ecológica, cultural e pedagógica, que desenvolve um trabalho articulado com escolas em Paris e Île de France. É um grito de alarme pela preservação do ecossistema e um apelo à responsabilidade coletiva. É uma exposição de arte que transmite uma mensagem universal acessível desde a mais tenra idade, com recurso a dispositivos e materiais educativos (folhetos informativos, painéis, vídeos, etc.) e oficinas divertidas.

Accord de Paris BORDALO II é uma exposição apresentada pela galeria Mathgoth, com o apoio da Câmara Municipal do 13º arrondissement de Paris e Semapa. Télérama, GraffitiArt e France Culture são os parceiros.

Artur Bordalo, nascido em 1987 em Lisboa, é cada vez mais um artista do mundo. De Bora Bora a Miami, de Las Vegas a Pattaya, passando por Moorea, Heidelberg, São Paulo ou Santiago do Chile, Artur Bordalo viaja pelo mundo para realizar as suas peças que denunciam a devastação exercida pela nossa sociedade de consumo sobre a natureza. Cria esculturas de dimensões, por vezes, monumentais, trazendo os animais de volta à vida, usando o que os mata: o plástico. A sua assinatura, BORDALO II, é uma homenagem ao avô, o pintor Artur Real Bordalo, que o introduziu à pintura. A partir dos 11 anos, Artur Bordalo dedica-se ao grafitti mas são os oito anos passados na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, que lhe permitem descobrir a escultura.

O espaço público é o local ideal para as explorações de cores, formas e dimensões da BORDALO II, assim como para a difusão da sua mensagem ecológica. Existem atualmente cem animais expostos em vinte países, criados a partir de lixo retirado das ruas ou locais de despejo, avatares da globalização cuja própria existência encerra a mensagem. Usando esses materiais abandonados como matéria-prima para as suas criações, BORDALO II dá vida à matéria inanimada. Ao materializar esta espécie de jardim zoológico mutante, o artista lembra aos seus contemporâneos o dever de respeitarem o meio ambiente, como contraponto ao consumo desenfreado. A reutilização de resíduos permite-lhe desenvolver um bestiário, cuja semântica é universal.