O evento decorreu na Base Aérea Militar do Montijo, na presença do primeiro-ministro português, António Costa, do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques e do presidente e CEO da VINCI, Xavier Huillard.
A assinatura do acordo do memorando entre o Estado português e a ANA – Aeroportos de Portugal, concessionária de 10 aeroportos em Portugal e filial a 100% da VINCI Airports, prevê oreforço da capacidade aeroportuária de Lisboa e um investimento de mais de mil milhões de euros para abertura de um aeroporto complementar na base aérea do Montijo.
Como parte do acordo assinado hoje, a ANA investirá 1,15 mil milhões de euros até 2028, incluindo 650 milhões de euros para a primeira fase da extensão do atual aeroporto de Lisboa, e 500 milhões de euros para a abertura de um novo aeroporto civil no Montijo. 156 milhões de euros serão investidos para compensar a Força Aérea e melhorar acessos ao Aeroporto Humberto Delgado ao futuro aeroporto no Montijo.
Tal como inicialmente estabelecido pelo governo português, este grande projeto será totalmente financiado pelo sector privado, tendo Antonio Costa, reconhecido que este “é um bom case study do que não deve ser uma decisão política. Não é possível esperar 50 anos”, admitindo de seguida que “teriam sido possíveis outras decisões no passado, mas agora já não. O tempo não fica imóvel” e que mudar de opção ficaria demasiado caro ao país.
O Primeiro Ministro assinalou ainda a questão da segurança aeronáutica, que terá de ser observada e discutida, assim como o impacto ambiental, concluindo “Não discuto se é a decisão certa ou errada. É a decisão que temos já que pôr em prática”, ficando claro que para o Governo esta é a decisão final.
Nicolas Notebaert, CEO da VINCI Concessions e Presidente da VINCI Airports, após a assinatura do acordo afirmou que, “Este projeto e este investimento que anunciamos hoje confirmam os dois principais compromissos que assumimos há 6 anos, quando nos candidatámos pela primeira vez à privatização da ANA: contribuir para o desenvolvimento da economia portuguesa através do aumento do tráfego e investir em infraestruturas para apoiar o crescimento futuro. O tráfego em Lisboa já aumentou quase 100% nos últimos 6 anos e aqui estamos novamente, anunciando novos investimentos depois dos 200 milhões de euros que já investimos nos diferentes aeroportos portugueses”.
Nicolas Notebaert, salientou o facto de que este será um aeroporto verde, onde as novas tecnologias e a sustentabilidade serão algumas das principais prioridades.