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BONS SONS: UMA ALDEIA EM MANIFESTO

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BONS SONS: UMA ALDEIA EM MANIFESTO
BONS SONS: uma aldeia em manifesto - ®DR

 

Um festival e uma aldeia que existem e que querem existir pela contemporaneidade no campo, por uma plataforma cultural, pelo planeamento do território, pela cidadania participativa, pelo envelhecimento ativo, pelo ensino em comunidade, por projetos de território, por uma ação sustentável, pela criação de espaço público e pela cultura popular.

A acompanhar esta aldeia em manifesto, a imagem da 10ª edição do BONS SONS apresenta-se em torno da história do festival, do futuro e da ideia de comunidade. Estes três pontos são materializados através do recurso a letras stencil utilizadas em edições anteriores, de uma tipografia gerada e manipulada digitalmente e da utilização de alguns símbolos inspirados no manifesto que representam a dinâmica de comunidade.

 

UMA ALDEIA EM MANIFESTO

1 – PELA CONTEMPORANEIDADE NO CAMPO

Lutamos por uma visão contemporânea do campo, por um olhar próximo e não paternalista do espaço rural. Há ainda quem pense que a aldeia é o passado e a cidade o futuro. Cabe às novas gerações conquistar os seus caminhos nestas paisagens.

VIVEMOS A ALDEIA DE HOJE

2 – POR UMA PLATAFORMA CULTURAL

Trabalhamos para dar a conhecer a produção cultural que vive e resulta de um contexto. Balizámos a nossa ação nos projetos criados em Portugal, por portugueses ou estrangeiros, em português ou noutra língua. Criamos uma plataforma que coloca artistas e público em lugares de entendimento. Vivemos de projetos que trazem o novo, o aculturado e o refrescante.

SOMOS O ENCONTRO

3 – PELO PLANEAMENTO DO TERRITÓRIO

Sabemos que as pessoas só querem estar onde as coisas acontecem. O êxodo rural resulta da falta de perspetivas para o campo. O desapego gera desconhecimento. A cultura deve ser um instrumento para o planeamento, fixação e atração do território.

TEMOS IDEIAS

4 – PELA CIDADANIA PARTICIPATIVA

Defendemos a cidadania participativa. Não desresponsabilizamos as instituições, mas não cruzamos os braços.

FAZER É O NOSSO PODER

5 – PELO ENVELHECIMENTO ATIVO

Acreditamos que todos têm um papel na comunidade em que se inserem. Viver em comunidade é viver num modelo intergeracional, numa relação de proximidade que estabeleça lógicas de interajuda, interesse, curiosidade e partilha entre as várias gerações. Envelhecer ativamente é dar uma oportunidade de crescimento para todos.

SOMOS UM IMENSO LAR

6 – PELO ENSINO EM COMUNIDADE

Consideramos que as escolas têm um papel fundamental para pensar e ativar as comunidades e devem ser permeáveis aos interesses e estímulos das mesmas. É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. Defendemos modelos de ensino práticos, adequados e ajustados que confiram às crianças uma dimensão local e global.

CRESCEMOS COM A ALDEIA

7 – POR PROJETOS DE TERRITÓRIO

Acreditamos no financiamento de projetos multiplicadores, criadores de sentido e de riquezas. Estamos cansados de projetos que existem enquanto há fundos e acabam assim que as linhas de financiamento mudam. Projetos de gabinete que não tocam o território e que não têm parceiros locais.

INVESTIMOS NAS PESSOAS

8 – POR UMA AÇÃO SUSTENTÁVEL

Necessitamos de uma ação local para agirmos globalmente. A sustentabilidade resulta de um equilibrio evolutivo resultante das dinâmicas ecológicas, económicas e sociais. Defendemos um processo evolutivo baseado no encontro destas várias perspetivas. “Viver com o que a terra dá” é o nosso lema e Cem Soldos dá pessoas.

NÃO FICAMOS PLANTADOS

9 – PELA CRIAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO

Defendemos um espaço público para todos. Aumentar o ego e o sentimento de pertença é essencial ao desenvolvimento humano e dos territórios. Criar espaços de encontro é criar espaço de partilha e de curiosidade sobre o outro. É urgente ativar, programar e habitar a rua.

HABITAMOS A RUA

10 – PELA CULTURA POPULAR

Defendemos a promoção da cultura popular. Queremos espaço para a cultura participativa, inclusiva e diversa. Uma cultura para todos e de todos. Defendemos um lugar artístico para a cultura popular e a sua devida apropriação pelas suas comunidades.

A CULTURA SEM DONO