No Dia Mundial da Água, celebrado nesta sexta-feira dia 22, os primeiros visitantes a palmilhar o interior do “novo” Pavilhão da Água foram o autarca do Porto e o ministro do Ambiente.
Alvo de uma profunda remodelação a nível estrutural e física, e também de renovação do espólio expositivo, a transformação deste equipamento reveste-se de grande importância para os cidadãos do Porto, considerou o ministro do Ambiente.
“Não tenho a menor dúvida do quão importante é este projeto educativo para a cidade do Porto”, declarou João Pedro Matos Fernandes, recordando que, na altura em que presidia à administração da empresa municipal Águas do Porto, o edifício “estava a precisar de grandes obras”, e que o seu sucessor, Frederico Fernandes, levou a bom porto esse desígnio.
A intervenção neste equipamento municipal representou um investimento total de 745 000 euros e foi conduzida por Alexandre Burmester, arquiteto responsável pelo projeto original do pavilhão desenhado para integrar a Expo’98.
O renovado Pavilhão da Água apresenta um percurso conceptualmente organizado, ao longo do qual o público descobrirá as várias etapas que compõem a nova organização das experiências, substituindo a ideia anterior de visita totalmente livre.
“Precisava de se apresentar hoje de forma diferente”, constatou Rui Moreira, para quem esse objetivo foi integralmente cumprido. Com o recurso a novas tecnologias, “que não existiam há 20 anos”, o Pavilhão assume agora um papel mais interativo com o público, levantando também novas problemáticas, como as alterações climáticas ou a poluição dos oceanos.
Questões que são abordadas na Sala Imersiva, um espaço novo da infraestrutura. Nessa área, os visitantes podem assistir a um filme imersivo, com projeção de uma viagem que começa na montanha e atravessa o mar (revelando ao público quais seriam as consequências diretas para a cidade do Porto num cenário extremo de alterações climáticas).
Esta função pedagógica, que chega de forma lúdica e interativa, é para o ministro do Ambiente a grande mais-valia do projeto. Como destacou, “a água é um recurso escasso que teremos de saber poupar” através de técnicas de reaproveitamento para novos usos.
No equipamento, é também explicado o ciclo urbano da água de A a Z, integrado no percurso geral proposto aos visitantes.
Projetos e atividades em destaque
Aos 15 minutos de cada hora, os visitantes podem participar nos Snacks de Ciência, momentos em que vestem a pele de um cientista e realizam experiências de laboratório.
Aliás, esta vertente experimental é explorada nos laboratórios para as escolas, integrados no programa educativo e divididos por períodos letivos. Com três temáticas diferentes por nível de escolaridade, pretende-se promover a aprendizagem da ciência e alertar os alunos para a importância dos recursos hídricos.
Esse relevante papel junto da comunidade escolar completa-se com o projeto H2Out, que consiste em levar os laboratórios às escolas uma vez por semana.
Construído pela Unicer – Bebidas de Portugal, SPGS para a Expo’98, de que foi um dos espaços mais visitados, o Pavilhão da Água tinha a duração prevista de apenas três meses, mas acabou por estar 18 anos em operação, 14 dos quais de forma ininterrupta ao serviço da pedagogia e da sensibilização ambiental na cidade do Porto, onde recebeu mais de 450 000 visitantes.
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Fonte: CMP