Dividida em 10 painéis cronológicos, a exposição retrata, não só a evolução da rede de estradas portuguesas, como também o modo como se foi alterando a maneira das pessoas se deslocarem.

A primeira publicação do Mapa das Estradas ACP, aconteceu em 1913 e foi distribuída gratuitamente aos 170 sócios de então. Por razões desconhecidas a segunda edição só foi publicada em 1929.

Desde então, de forma regular o Mapa das Estradas do ACP, foi acompanhando a evolução da rede rodoviária nacional, com grande rigor, tendo sido na década de 50, considerado a carta mais fiável pela Administração Pública, que a usava como referência para contar os quilómetros percorridos pelos funcionários do Estado.

Dado o seu grau de fiabilidade e “por ter uma dimensão que facilitava a consulta e porque rapidamente ficava a saber as quilometragens percorridas e os tempos que demoravam as colunas militares”, o mapa de 1973 foi o escolhido por Otelo Saraiva de Carvalho, comandante das operações do MFA, para planear as deslocações dos militares revoltosos de todo o País até Lisboa, conforme recordou na inauguração da exposição: “Foi essencial  na recolha de informação para os itinerários dos militares que participaram nas operações.”

Anos mais tarde, o referido mapa, foi doado por Otelo Saraiva de Carvalho ao Centro 25 de Abril, da Universidade de Coimbra, onde ainda se encontra, mas cuja reprodução se encontra exposta.

Ainda nos dias de hoje e apesar das novas tecnologias, Carlos Barbosa, Presidente do ACP, considera-o “uma referência obrigatória para os automobilistas nas suas deslocações”, continuando a ser distribuído gratuitamente aos sócios.

A exposição ficará patente ao público, na sede do ACP na Rua Rosa Araújo, em Lisboa, até ao dia 28 de Junho.