Pela segunda vez, consecutiva a competir em Portugal e depois de ter sido eliminado por João Sousa nas meias-finais, em 2018, Stefanos Tsitsipas, ergueu pela primeira vez o troféu, de campeão, de singulares do Millennium Estoril Open 2019.
Tsitsipas, no ‘court’ central do Clube de Ténis do Estoril, precisou apenas de uma hora e 43 minutos para se superiorizar ao experiente uruguaio, que fez toda a campanha no quadro principal, após ter sido repescado do ‘qualifying’.
Sobre o encontro, o grego foi bastante assertivo. “Sinto que posso melhorar e tornar estes jogos mais fáceis. Podia ter pago caro, já que o deixei regressar ao jogo. Comecei a pensar muito, a hesitar. Só pensava ‘e se ele faz o break?’. Não devia ter raciocinado tão negativamente, deixei-me afetar mentalmente e isso foi frustrante, sobretudo porque lhe dei pontos de borla e nunca se sabe o que podia ter acontecido no terceiro set. Mas ele é uma ‘velha raposa’, tem mais experiência que eu, sabe como elevar o nível. No fim, foi tudo decidido pelo mental, pela forma que mostrei apesar de ter sido quebrado”, apontou.
Campeão em Estocolmo (2018) e Marselha (já em 2019), ambos em hard courts indoor, Tsitsipas procurava o primeiro título da carreira no pó de tijolo, superfície onde se tinha estreado em decisões ao nível ATP, em Barcelona há sensivelmente um ano.
Primeiro título em terra batida, segundo título do ano, terceiro título da carreira. Stefanos Tsitsipas viveu uma semana de sonho no Clube de Ténis do Estoril, onde em 2018 já tinha estado muito perto da final, eliminado por João Sousa, no tie-break do terceiro set, sucedendo precisamente ao português na cada vez mais conceituada lista de campeões do único torneio ATP organizado em solo português.
Os bons resultados em Portugal têm uma boa explicação. “As condições são muito similares ao clube onde treinava na Grécia. A terra é seca e de ressalto alto. Além disso, a derrota cedo em Barcelona permitiu-me preparar bem este torneio e ajustar com o meu treinador o que podia melhorar”, explicou Tsitsipas.
Quanto a Pablo Cuevas, o uruguaio despede-se de Portugal com a 10.ª final da carreira ao nível ATP, registando agora um saldo de 6-4 (a última conquista aconteceu em São Paulo, há dois anos.
Na cerimónia de entrega do troféu, o tenista grego, mostrou sincera admiração pelo adversário referindo “Foi muito especial, joguei contra um dos tenistas que mais admiro” dirigindo-se a Cuevas disse:” Não deves saber, mas sempre te admirei, a ti e a Federer” destacou.
Os pontos somados garantem a Stefanos uma subida de posiçao no ranking, ultrapassando o norte-americano John Isner. Tsitsipas assume assim o 9º lugar, deixando o gigante de 2,08m em 10º lugar.
Em pares o título ficou com os franceses Jeremy Chardy e Fabrice Martin que bateram na final os britânicos Luke Bambridge e Jonny O’Mara, com parciais de 7/5 e 7/6(3).