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Vaudeville Rendez-Vous pela primeira vez em Barcelos

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Vaudeville Rendez-Vous pela primeira vez em Barcelos
Vaudeville Rendez-Vous pela primeira vez em Barcelos - ®DR

 

Na cerimónia de apresentação, que decorreu ontem na Oficina do Centro Coordenador de Transportes de Vila Nova de Famalicão, Bruno Martins, diretor artístico do Festival, classificou o evento deste ano como uma “verdadeira festa minhota de circo contemporâneo” e deu a conhecer pormenorizadamente o cartaz.

Vítor Ferreira, adjunto do pelouro da Cultura do Município de Barcelos, deu a conhecer a satisfação do Município na adesão a este projeto que “é ambicioso”, e agradeceu a amabilidade por “ser Barcelos a receber o espetáculo de abertura desta edição, que integra pela primeira vez”.

Já Paulo Silva Lopes, adjunto do pelouro da Cultura do Município de Guimarães, assinalou que “juntos somos o maior polo cultural do país e com esta bela experiência ganhamos escala e dimensão”.

Por sua vez, a vereadora da cultura da Câmara de Braga, Lídia Dias,  considerou que “esta será uma edição histórica pela entrada de Barcelos” e “os próximos anos virão ainda com mais êxito”.

A finalizar, Paulo Cunha, Presidente da Câmara de Famalicão, sublinhou que “este ano chegamos ao pleno com a adesão de Barcelos” e aproveitou para elencar alguns dos aspetos que evidenciam a singularidade deste Festival, nomeadamente “o contexto de rua” e “o cruzamento entre agentes e artistas internacionais, que permite estabelecer um cruzamento entre as dimensões regional e internacional.”

Criado e organizado pelo Teatro da Didascália, o evento, que em 2019 conta com um total de nove estreias – seis estreias nacionais e três estreias absolutas, com entrada gratuita -, afirma, mais uma vez, o seu compromisso de valorização e projeção do circo contemporâneo. É a partir da força regional que o festival pretende dinamizar a internacionalização da cultura e dos artistas portugueses, através das redes europeias que o festival integra – CircusNext e Circostrada.

A celebrar a sua estreia no Festival, Barcelos recebe o primeiro espetáculo desta sexta edição. “A Simple Space”, dos Gravity & Other Myths – agendado para o dia 24 de julho, às 22h00 –, é uma das seis estreias nacionais que vão marcar o evento, sendo a primeira vez que o festival conta com a participação de uma companhia australiana. Sete acrobatas executam uma performance “crua, frenética e delicada”, apresentada de forma intimista. O espetáculo vai ser, também, apresentado no dia 26 de julho, às 22h00, em Guimarães.

Estreias nacionais invadem Vaudeville
Além da proposta do grupo australiano, o norte do país vai ser palco, ainda, de mais cinco estreias nacionais. Do Reino Unido a proposta é de Gandini Juggling, com a peça “SIGMA”, que traz até Braga e Guimarães – no dia 25 de julho, às 22h00; e no dia 27, às 22h00 – a combinação da dança clássica indiana Bharatanatyam com o circo contemporâneo e a narrativa. O espetáculo junta malabaristas indianos e ingleses, uma mistura cultural que “contraria” o Brexit.

Conciliando dança, circo, teatro e performance, Joan Català, de Barcelona, apresenta, pela primeira vez em Portugal, “Pelat”, projeto que promove uma interação única com o público. A peça vai estrear-se em Portugal no dia 25 de julho, às 19h00, em Vila Nova de Famalicão, e será ainda apresentada, em Guimarães, no dia 26, e em Barcelos, dia 27, ambos os espetáculos às 19h00.

“Três cabeças quentes celebram a liberdade com um fundo de música rock”, num espetáculo que liga a polimórfica e multidisciplinar cultura underground do circo dos anos 60 e 70. É esta a proposta do grupo francês Cirque Exalté. O espetáculo “Furieuse Tendresse” estreia-se no dia 25 de julho, em Vila Nova de Famalicão, às 22h00. No dia 26, pode ser visto em Barcelos, às 22h00; e no dia 27, às 19h00, em Braga.

Ainda de destacar, no âmbito das estreias nacionais, a dança acrobática “Zoog”, de Amir and Hemda, que representa o amor e o ódio numa relação, assim como a rotina e os altos e baixos de uma história íntima. A estreia nacional está agendada para o dia 25 de julho, em Guimarães, às 19h00. O espetáculo vai estar, ainda, nos restantes municípios – Barcelos, dia 26, às 19h00; no dia 27, em Braga, às 11h00, e Vila Nova de Famalicão, às 19h00. Ainda a marcar o fim de semana, o grupo francês La Contrabande traz até Portugal, em estreia, o espetáculo “Bal Trap”, onde seis acrobatas “jogam um jogo com regras que nem sempre devem ser seguidas”. O grupo vai estar na cidade de Braga, dia 26, às 22h00; e em Famalicão, dia 27, às 22h00.

Três coproduções em destaque
Este ano, o festival conta com três estreias absolutas, que resultam de três coproduções. Elvis Mendes – vencedor da primeira bolsa de criação Vaudeville Rendez-Vous, em parceria com o Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC) –, apresenta “A Fábrica da Mentira”, no dia 25 de julho, às 22h00, em Barcelos, sendo que a performance pode também ser vista em Famalicão, no dia 26, à mesma hora. Ainda a marcar o seu eixo de Inovação Artística, o Festival Vaudeville coproduz a peça “Angustus”, do francês Jonathan Frau e do português Jorge Lix. A estreia está marcada para dia 26 de julho, em Vila Nova de Famalicão, às 19h00, e será apresentada ainda no dia 27, em Guimarães, às 11h00. O festival é ainda palco da apresentação da criação coletiva do Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC). Com direção de Roberto Magro, os alunos da primeira instituição de formação circense do norte do país apresentam a sua criação “Before The Rain”, no dia 25 de julho, às 22h00, em Guimarães. Dia 27 de julho, às 22h00, poderá ser visto em Braga.

“Barriga de Baleia” é palco de acrobacias
Uma plataforma de madeira transforma-se numa catapulta, num berço de balanço suave, num túnel ou num escorrega onde os intérpretes do “Belly of the Whale” “surfam” nessa gangorra gigante semicircular. O espetáculo da companhia inglesa Ockham’s Razor traz até à cidade de Braga e de Famalicão – dia 25 de julho, às 19h00, e dia 27, às 11h00, respetivamente –, a questão “o que acontece quando nos confrontamos com os nossos medos”?

Propostas nacionais “bebem chá” num “belo dia”
Quatro amigas e mais uma que não chega bebem chá num ambiente pouco pacífico. É assim que o grupo Coração nas Mãos apresenta a sua peça “Chá das Cinco”, no dia 25 de julho, às 19h00, no município de Barcelos. O espetáculo pode ser visto, ainda, no dia 26, em Braga, e 27, em Guimarães, à mesma hora. A segunda proposta é da companhia portuguesa Dulce Duca – “Um belo dia” –, um espetáculo sem narrativa, baseado nas memórias do autor, que coloca a artista no centro do palco a representar emoções. A peça vai ser apresentada em Barcelos, no dia 27 de julho, às 11h00.

Atividades paralelas aos espetáculos
Dirigido a estudantes e profissionais de artes performativas, o Laboratório de Criação para Circo Contemporâneo – orientado pelo reputado diretor circense Roberto Magro – ajudará a desmontar alguns conceitos associados à criação circense. O workshop vai decorrer entre os dias 22 e 24 de julho, das 9h00 às 11h00, no INAC, em Vila Nova de Famalicão. Para toda a família, o Vaudeville propõe nas quatro cidades a participação em três oficinas dedicadas à acrobacia aérea, manipulação de objetos e equilíbrio, onde será possível experimentar alguns dos movimentos associados ao circo contemporâneo.

Debate sobre a cooperação artística e showcase
Pensar a estruturação de uma rede nacional forte que se projete coerentemente e de forma articulada a nível internacional. É este o mote do debate “Redes de cooperação artística, do micro ao macro”, promovido pelo Vaudeville Rendez-Vous, no dia 27 de julho, às 16h00, em Vila Nova de Famalicão. Tal como nas edições anteriores, o festival volta ainda a apostar num “Showcase” – no dia 26 de julho, às 11h00, no Theatro Gil Vicente, em Barcelos – que permite aos criadores emergentes apresentarem os seus projetos aos programadores que marcam presença no Vaudeville Rendez-Vous.

O Vaudeville Rendez-Vous – reconhecido pelo júri internacional do Europe For Festivals/Festivals For Europe, com o selo EFFE Label 2019-2020 – tem como missão a sensibilização da comunidade para as artes circenses e a formação de novos públicos. A última edição daquele que é considerado o mais influente festival de circo contemporâneo do país reuniu mais de 15 mil pessoas em Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão e contou com mais de 60 artistas portugueses e internacionais.

Este projeto é cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte, Norte 2020, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Fonte: CMB