Dorantes, apresentou um repertório flamenco baseado no álbum “El Tiempo por Testigo”, que arrebatou o publico, que várias vezes se levantou para aplaudir veemente o artista que introduziu o piano no flamenco, dando-lhe assim novos horizontes.
“El Tiempo por Testigo” o álbum que celebra os 20 anos de carreira do autor, inclui 10 obras, 7 atualizações e versões de temas que marcaram o seu percurso artístico e apresenta também 3 temas inéditos, em que Dorantes combina outros estilos musicais como o jazz e as músicas étnicas, numa procura de novas sonoridades.
Com formação em trio e Dorantes no piano, foi acompanhado pela experiência de Francis Posé no contrabaixo, com mais de 30 anos de carreira, e o virtuoso som de Javier Ruibal na bateria.
No baile, como artista convidada, Dorantes trouxe a Portugal a ‘bailaora’ Leonor Leal, dona de uma forte personalidade e de uma elegância de moimentos que não deixou ninguém indiferente.
Pertencente a uma das famílias ciganas lendárias na história do flamenco, estudou piano, harmonia e composição no Conservatório Superior de Música de Sevilha, cidade onde nasceu. Durante muitos anos, tocou guitarra em recitais de flamenco, a acompanhar cantaores, sempre com o intuito de ganhar dinheiro para comprar um piano “a sério”.
Em 1998 compõe o emblemático “Orobroy”, considerado hoje um clássico do flamenco, pelo qual recebeu o Prémio Demófilo, e o Prémio Nacional da Crítica Especializada Flamenco Hoy, pelo melhor disco instrumental do ano.
Mais uma vez Francisco Carvajal esteve de parabéns, ao proporcionar-nos este espetáculo de único de rara qualidade e beleza.
A última apresentação inserida no Festival de Flamenco de Lisboa é no próximo dia 29 de novembro, (também na Aula Magna), com o conceituado bailarino Eduardo Guerrero.