Mas a estrela do primeiro dia da Web Summit deste ano foi a ‘presença’ em direto para Portugal, a partir da Rússia, de Eduard Snowden.

Eduard Snowden, um dos homens mais procurados pelos Estados Unidos esteve na Web Summit de Lisboa, através de videoconferência para explicar como os governos e as empresas estão a criar um “poder irresistível” na recolha ilegal de dados.

Depois de ter trazido a público as práticas de vigilância do governo norte americano, Snowden participou na abertura da Web Summit, numa entrevista em que respondeu a várias questões sobre a forma como vê a privacidade e o que o levou a tomar a atitude de denunciar a NSA.

No exílio há seis anos, o denunciante mais famoso do mundo mostrou como as ferramentas que foram criadas para nos proteger estão agora a ser utilizadas para nos atacar, e o que deve ser feito para evitar violações da privacidade.

Para não criar nenhum incidente diplomático com os Estados Unidos, que querem julgar o ativista e delator pela revelação de segredos diplomáticos, Pedro Siza Vieira, Ministro da Economia e Fernando Medina, Presidente da Camara Municipal de Lisboa, só entraram na sala depois, para então fazer a inauguração oficial do evento.

Esperam-se mais de 70 mil pessoas nesta edição da Web Summit, que arrancou esta segunda-feira à tarde e que se irá prolongar até à próxima quinta-feira.