Nesta quarta edição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, o Júri deliberou atribuir o galardão à atriz Maria do Céu Guerra. Da ata de atribuição do prémio, ressalta o singular percurso de Maria do Céu Guerra, “por se ter destacado, ao longo da vida, numa prática de cidadania cultural, enquanto atriz, que levou à cena e por diferentes modos divulgou os grandes textos da literatura portuguesa e, nessa intervenção, que manteve em ”A Barraca” como núcleo de irradiação cultural, formativo e vocacionado para a descoberta e criação de novos públicos”.
O vencedor da 21ª edição do Prémio Literário Fernando Namora, foi Carlos Vale Ferraz com o romance “A Última Viúva de África”. O júri salientou que “a memória da experiência colonial pode ser aterradora – Congo Belga e Angolaconstituem neste romance o eixo geopolítico de ações de guerra e desvarios humanos no qual uma mulher (Madame X) emerge, simultaneamente, como figura de ligação da estória do romance e da História dos anos sessenta no início da guerra nacionalista”.
No que diz respeito à 11ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, o Júri distinguiu, por unanimidade, Judite Canha Fernandes com o seu primeiro romance “Um Passo para Sul”. O júri considerou que a obra se trata de “um romance fundado num triângulo geográfico e existencial, repartido por Cabo Verde, São Tomé e Açores. Os registos linguísticos e imaginativos do crioulo inscrevem-se criativamente na estrutura global da narrativa, contribuindo para a formatação de uma linguagem literária muito estimulante”.
O Júri dos Prémios da Estoril Sol, além de Guilherme d`Oliveira Martins, foi ainda constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.