Os vencedores deste concurso, que tem como objetivo aumentar a divulgação e o reconhecimento de projetos e iniciativas que promovem o envelhecimento ativo e saudável na região Centro, foram hoje apresentados em Coimbra, no 7º Congresso do Envelhecimento Ativo e Saudável.
Foi também atribuído o Prémio Empreendedor 50+ da região Centro a Fernando Seabra Santos, Professor Catedrático, Reitor da Universidade de Coimbra de 2003 a 2011 e CEO, desde 2014, da empresaFriday, Ciência e Engenharia do Lazer, Lda. O Prémio Empreendedor 50+ da Região Centro tem como principais objetivos promover o espírito empresarial e o empreendedorismo sénior, reconhecer publicamente os empreendedores que construíram uma carreira de empresário numa fase mais avançada da sua vida e sensibilizar os decisores públicos para a importância do empreendedorismo sénior e para o apoio à criação de incentivos para o estímulo a esta forma de empreendedorismo.
Informação sobre os vencedores:
Vencedor da categoria Conhecimento+, o projeto “Gamification Supporting Active and Assisted Living”, apresentado pelo Intellicare — Intelligent Sensing in Healthcare, Lda e pela Universidade de Coimbra — CIBIT – Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research, pretende desenvolver uma solução baseada em técnicas de gamificação e inteligência artificial, de forma a promover hábitos e comportamentos saudáveis, proporcionando um envelhecimento mais ativo e feliz, ao mesmo tempo que facilita a tarefa, mesmo à distância, da família e dos cuidadores. Propõe-se monitorizar as tarefas diárias com recurso a sensores ambientais e fisiológicos, de forma não intrusiva, e a jogos de estimulação cognitiva, transformando os dados em informações de atividade e comportamento. Combina estas informações com uma forte componente de divulgação cultural e informativa, tudo associado à dinâmica de pontuação que faz do GameAAL um projeto inovador e completo no contexto da vida assistida. O sucesso na utilização continuada ao longo do tempo do GameAAL poderá prevenir ou atrasar a institucionalização dos utilizadores finais, melhorando a sua qualidade de vida, na medida em que é efetuada uma análise contínua do seu padrão de atividade, e, em caso de desvios ao normal, são notificados os cuidadores e fornecida informação para poderem agir, caso necessário.
O “Programa abem:“, da Associação Dignitude, foi o vencedor na Categoria Saúde+. O Programa abem: tem como missão garantir que todos os portugueses tenham acesso aos medicamentos de que necessitam, independentemente das condições socioeconómicas. Os beneficiários são referenciados, com base numa metodologia uniformizada, por entidades locais como autarquias, IPSS, misericórdias ou Cáritas. Apesar de ser um programa de âmbito nacional, atualmente possui 55 parceiros locais na região Centro, com profissionais capacitados e conhecimento local. A Rede abem: é suportada por um sistema informático inovador, a Plataforma abem, que liga todas as entidades e simplifica burocracias, com transparência e segurança. Após referenciação do agregado familiar, cada elemento passa a ser beneficiário e recebe um cartão abem:, único e intransmissível. Com esse cartão pode dirigir-se a qualquer farmácia abem: e levantar medicamentos sujeitos a receita médica, comparticipados pelo Estado e prescritos pelo médico. Atualmente está disponível em 216 farmácias no Centro. Os medicamentos são comparticipados pelo Fundo Solidário abem:, constituído por 100% dos donativos angariados para o abem:.
Na categoria Vida+ foi vencedora a boa prática “A Voz do Rock”, da Gira Sol Azul. O projeto foi criado no âmbito do Festival de Artes “Viseu A” em 2014 e tem como meta quebrar as barreiras da idade e demonstrar que com vontade tudo se faz, até concertos de rock. Os resultados têm tido um impacto considerável para o crescimento do grupo ao longo destes cinco anos. É composto na sua maioria por octogenários de Viseu, que optam pelo rock e por canções que geralmente não se fazem ouvir em vozes de pessoas mais idosas. É assim que os “A Voz do Rock” rompem fronteiras entre gerações e excedem os limites da própria condição humana, apresentando uma imagem positiva do envelhecimento que se traduz numa performance encenada que, acima de tudo, celebra o prazer da partilha musical e da própria vida. Este grupo aceitou sem hesitar o desafio lançado a maiores de sessenta anos de cantar algo que lhes poderá ser menos familiar, mas ainda assim “tradicionalmente” português. Partem de uma lista importante de temas indiee rock feitos em Portugal nas últimas décadas.