Das dez palavras candidatas – Desinformação, Influenciador, Jerricã, Lítio, Multipartidarismo, Nepotismo, Seca, Sustentabilidade, Trotinete e Violência (doméstica) –, a escolha, que representou 27,7% dos votos, reflete bem o sentimento urgente de impedir novos casos de violência doméstica como os que ocorreram nos últimos anos e, em especial, em 2019. O segundo e o terceiro lugares foram ocupados pelas palavras Sustentabilidade e Desinformação, respetivamente, com 27,6% e 13,8% das escolhas.
Apesar do seu significado no dicionário se referir a um crime público cometido por quem infligir maus-tratos físicos ou psíquicos a elementos do próprio agregado familiar ou a pessoa que, não integrando o mesmo agregado, seja cônjuge ou ex-cônjuge, companheiro(a) ou ex-companheiro(a), ascendente ou descendente, a palavra Violência (doméstica) surgiu nos meios de comunicação social e nas redes sociais ainda com maior força, para além do seu sentido.
O anúncio foi feito na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, e esteve a cargo do representante da Porto Editora, Paulo Gonçalves.
O presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares e Paulo Piteira, respetivamente, e Helena Sampaio, representante da APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, marcaram presença no anúncio público da Palavra do Ano 2019, que foi precedido de um apontamento cultural protagonizado pela equipa de animação das bibliotecas municipais de Loures. A cerimónia contou ainda com a participação especial dos alunos da Escola Secundária José Afonso, de Loures, que, em jeito de tertúlia, comentaram as candidatas a Palavra do Ano 2019, incluindo a palavra vencedora.
Recorde-se que a Palavra do Ano é uma iniciativa da Porto Editora que, todos os anos, desafia os internautas a eleger a palavra que marcou o ano. Tem como principal objetivo sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam. A lista de palavras candidatas é produto do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levada a cabo pela Porto Editora, através da análise de frequência e do relevo que elas alcançaram nos meios de comunicação social e nas redes sociais, bem como nos dicionários online e mobile da Porto Editora.
Esmiuçar (2009), Vuvuzela (2010), Austeridade (2011), Entroikado (2012), Bombeiro (2013), Corrupção (2014), Refugiado (2015), Geringonça (2016), Incêndios (2017) e Enfermeiro (2018), foram as palavras vencedoras das dez edições anteriores desta iniciativa, que conta também com o apoio da Câmara Municipal de Loures.
Fonte: CML