A Associação Turismo de Lisboa (ATL) e a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL), apresentaram esta segunda-feira o Plano Estratégico para o Turismo da Região de Lisboa 2020-2024.
No Plano Estratégico, agora aprovado, os polos Belém-Ajuda, Baixa, Bairros Históricos e Oriente de Lisboa, Cascais, Sintra e Ericeira são classificados como “polos consolidados”, apostando na promoção de novas zonas com potencial turístico, nomeadamente a Praça de Espanha, Alcântara e Intendente. Já o Museu do Tesouro Real, no Polo Belém-Ajuda, irá permitir enriquecer a promoção de conteúdos culturais e promover um melhor equilíbrio na utilização turística no Polo.
Classificado como “polo em desenvolvimento”, o Tejo irá transformar-se num novo ativo turístico, nomeadamente através do novo Cais de Lisboa e da Rede Cais do Tejo, enquanto que no Polo Lisboa Oriente a aposta passa pelo desenvolvimento das infraestruturas do Parque das Nações, e explorada a vocação de Marvila e Beato enquanto zonas jovens e ‘trendy’”, em harmonia com a raiz tradicional local.
Em Loures, que tem a maior galeria de arte urbana da Europa, sobretudo na Quinta do Mocho serão potenciados os conteúdos de Arte Pública e aproveitada a realização das Jornadas Mundiais da Juventude, em 2022, enquanto evento estruturante.
O Polo Mafra deverá qualificar o seu património cultural e natural, alavancando o estatuto de Património Mundial, criando novas infraestruturas e dinamizando um clusterligado à música (órgãos, carrilhões, Museu da Música, polo da Música da Universidade Nova).
Por sua vez, o Polo Arrábida, vai centrar-se no Turismo de Natureza, apostando no “sol e mar”, sem descurar a revitalização de ativos históricos com o objetivo de criar novos conteúdos culturais.
Entre os “Polos a Potenciar” e já a pensar nos efeitos positivos derivados do novo aeroporto do Montijo, estão o Arco Ribeirinho Sul, que vai dedicar-se à exploração turística fluvial do Tejo e que deverá desenvolver-se á volta do megaprojeto imobiliário “Cidade da Água”, em Almada, o Polo Reserva Natural do Estuário que se irá posicionar como uma zona de experiências únicas com foco no Turismo da Natureza, desenvolvendo experiências de turismo ativo ligadas aos atributos de tradição rural e usufruto do rio.
A experiência Sol e Mar será oferecida pelo Polo Costa da Caparica que deverá intensificar os esforços na qualificação das infraestruturas de acesso às praias e na oferta de alojamento de qualidade.
Todo este Plano estratégico tem como objetivo potenciar o Turismo já que hoje em dia é a mais importante atividade económica e social de Lisboa, tendo gerado, em 2018, 14,7 mil milhões de euros de receita e mais de 201 mil empregos, contribuindo com 20,3% para o PIB regional e com 15,4% para o emprego.
O produto “City / Short Break” (estadas curtas em cidade), com uma quota de 66,5%, tem vindo a reforçar a sua posição, enquanto que o Surf, Sol e Mar, Golfe e Natureza são os produtos complementares e os qualificadores são a Gastronomia e Vinho, Cultura, Compras e Eventos.
Para atingir o objetivo de integrar a oferta turística de toda a Região, o plano aposta no marketing focado nos segmentos do visitante individual, em família e em pequenos grupos, sendo estes os que, igualmente, proporcionam melhor integração com os residentes.
Em matéria de mercados, a grande novidade é o lançamento de iniciativas – a nível dos media locais e em programas digitais – de aumento de notoriedade de Lisboa junto de mercados do Médio Oriente e Ásia, nomeadamente Japão, Coreia do Sul, Turquia, EAU, Catar, Israel, Irão, Arábia Saudita, Rússia.
Manter-se-ão, naturalmente, os programas de promoção junto do Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Suíça, Áustria, Espanha, Benelux, França, Escandinávia, Itália, assim como nos mercados atlânticos que registam maior crescimento, como EUA, Canadá, Brasil.