Da reunião realizada por videoconferência com o Presidente do COI, Thomas Bach, e os Presidentes dos Comités Olímpicos Nacionais, na qual foram analisados os mais recentes desenvolvimentos, resultou uma perceção de que a decisão quanto a um eventual adiamento não acontecerá agora, permitindo reacertar os formatos dos processos de qualificação ainda pendentes, de acordo com as orientações estabelecidas no comunicado publicado pelo COI após a reunião com as Federações Desportivas internacionais.
Vários Comités Olímpicos Nacionais de países com limitações à livre circulação de pessoas, bens e serviços, por força das medidas de contenção da pandemia do COVID-19, chamaram a atenção para o seu impacto na preparação dos atletas em virtude de não disporem de possibilidades de treino iguais às dos atletas onde tais limitações não existem ou são menos restritivas, introduzindo fatores de desigualdade.
Tal situação tem reflexos diretos, não só na qualificação (que no início de abril terá novidades) mas muito especialmente na preparação dos atletas apurados ou dos que estão em condições de se apurar para os Jogos.
A posição do COI sustenta que devem ser os governos e os comités olímpicos nacionais dos países com as referidas limitações a encontrar soluções alternativas para os atletas e técnicos, protegendo em primeira instância a sua saúde e acautelando as regras de segurança no âmbito da saúde pública.
O Comité Olímpico de Portugal comunicou ao Governo o resultado desta reunião e procurou sensibilizá-lo para que, no âmbito de eventuais medidas restritivas a adotar, se possa salvaguardar a situação particular dos atletas e técnicos no âmbito da preparação olímpica, atendendo sempre à proteção dos referidos interesses da saúde pública e pessoal.