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Milhares de velas não deixaram cair a tradição das Endoenças

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Milhares de velas não deixaram cair a tradição das Endoenças
Milhares de velas não deixaram cair a tradição das Endoenças

 

Em consequência da pandemia do covid-19, as Endoenças não se realizaram, tal como habitual, uma vez que é, nesta altura, impossível reunir a participação de milhares de pessoas.

No entanto, a fim de manter a tradição, mas também para enviar uma mensagem de fé, esperança e união, o Município de Penafiel, através do pelouro do turismo, e a Junta de Freguesia de Eja, não deixaram cair no esquecimento uma tradição com mais de 300 anos.

Em substituição dos milhares de tigelinhas que tradicionalmente iluminam as margens dos rios Tâmega e Douro, simbolicamente, no cais de Entre-Os-Rios, foram colocadas e acesas cerca de 3.000 velas, que no seu conjunto exibiram uma cruz, as silhuetas de Jesus Cristo e de Maria, e ainda a frase “Juntos vamos vencer”.

Um momento simbólico, com base numa montagem visual que, esta quinta feira, durante alguns minutos, manteve viva uma tradição secular e de elevada importância para o sentimento de pertença da comunidade.

 

Sobre as Endoenças:

As Endoenças são conhecidas como um evento secular de turismo religioso ímpar, que ilumina as margens do rio Tâmega com milhares de tigelinhas.

Na procissão das Endoenças são envolvidas as freguesias de Alpendorada, Várzea e Torrão (Marco de Canaveses), o lugar de Entre-os-Rios (Penafiel) e ainda o lugar de Boure, na margem esquerda do rio Douro, pertencente ao concelho de Castelo de Paiva, lugares que constituem antigo Couto de Entre-os-Rios.

Segundo a liturgia católica, esta celebração é uma alusão à sexta-feira Santa, dia de indulgência na Península Ibérica, no qual era dada a absolvição aos fiéis. Com o passar do tempo, o conceito mudou para o dia anterior, quinta-feira Santa.

 

 

 

 

Fonte: CMP

aNotícia.pt