Para prevenir o Covid-19, de acordo com a Ministra da Saúde, Marta Temido, as máscaras recomendadas são as não cirúrgicas, também chamadas “sociais ou comunitárias”. Estas máscaras devem ser usadas, sem dúvida, em espaços interiores fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos.
Esta recomendação é feita de acordo com o “princípio básico de precaução em saúde pública e face a ausência de efeitos diversos”, referiu Marta Temido que sublinhou ser uma “medida adicional e suplementar às medidas já implementadas”. Nesse sentido, quando for levantado o estado de emergência, e numa fase, “em que as pessoas possam situar-se em espaços fechados, onde estejam várias pessoas, poderá ser considerada a utilização da máscara social ou comunitária, não-cirúrgica”, que poderá ser de diferentes materiais.
Marta Temido sublinhou que estas máscaras para prevenir o Covid-19 “não são recomendadas para profissionais de saúde nem pessoas doentes ou mais vulneráveis”. Nesse sentido, a norma divulgada na passada segunda feira, define que os respiradores são destinados aos profissionais de saúde e por conseguinte que as máscaras cirúrgicas são recomendadas para as pessoas dos grupos de risco e alguns grupos profissionais.
Em virtude da recomendação de uso de “máscaras comunitárias”, coloca-se a pergunta: Que tipo de máscara é esta? E que outros tipos de máscara existem?
Em síntese, saiba para que serve cada uma das máscaras para prevenir o Covid-19 e quem as deve usar.
Tipos de máscaras que pode usar para prevenir Covid-19
Máscara social (ou comunitária)
São descartáveis de papel ou de tecido. Podem ser feitas manualmente em casa, a partir de pedaços de tecido, preferencialmente de algodão, para que possa ser lavado a altas temperaturas. Como o vírus se transmite por partículas expelidas pelos infetados quando tossem, espirram ou enquanto falam, estas máscaras mais simples são uma primeira barreira para evitar que essas partículas acabem no ar infetando outras pessoas. São as recomendadas para quando se vai ao supermercado ou à farmácia, por exemplo.
Máscara cirúrgica
É uma máscara utilizada em circunstâncias normais pelo pessoal médico e de enfermagem, em ambiente hospitalar. Este tipo de máscara protege o portador de partículas contaminadas que estejam suspensas no ar ou que tenham sido expelidas por alguém doente. Não são máscaras ajustáveis ao rosto, mas tapam o nariz, a boca e o queixo. Segundo uma nota do Infarmed, “a principal finalidade” é a de “proteger a saúde e segurança do doente, independentemente de simultaneamente proteger também o profissional”.
Respirador FFP1
É o tipo de máscara que se ajusta bem ao rosto e que reduz a exposição do mesmo às partículas suspensas no ar. É um tipo de máscara que também tem sido usado no atual contexto de pandemia, mas que já era muito comum, por exemplo, na construção civil ou nas pinturas.
Respirador FFP2 (ou N95)
É um dispositivo médico, que permite apenas 8% de fuga para o exterior. Desta forma, protegem o aparelho respiratório do portador contra partículas suspensas no ar. É adequada para “trabalhos com madeira, terraplanagens, pintura à pistola com tinta de base aquosa, bolores e fungos”, segundo o Infarmed. É considerada adequada para gestão clínica pelas autoridades nacionais.
Respirador FFP3
O respirador FFP3 é tido como o dipositivo médico facial que maior proteção proporciona ao portador, por se ajustar bem ao rosto e por ser à prova de fluidos. Este repirador é o mais aconselhado para ser usado por profissionais de saúde que lidem com pessoas doentes e vulneráveis, protegendo-as e protegendo-se a si mesmos. De acordo com o Infarmed, as máscaras respiradoras FFP3 são típicas para “trabalhos com produtos perigosos, como nas indústrias química, farmacêutica e papeleira, serração e filtros”. Ou seja, conferem grande proteção contra o novo coronavírus.