A classe Tridente, constituída pelo submarino Tridente e Arpão, foi construída em Kiel, nos estaleiros da antiga HDW. O seu aumento ao efetivo foi um salto tecnológico considerável, desenvolvendo de forma substancial a capacidade submarina nacional, patenteada na sua reduzida assinatura acústica, eletromagnética e térmica, a capacidade de recolha e compilação de informação do seu vasto leque de sensores, e o potencial ofensivo das suas armas, em particular os torpedos Black Shark, levando ao seu reconhecimento internacional como sendo dos submarinos convencionais mais furtivos e capacitados presentemente em operação.
Ao longo da sua primeira década sob bandeira nacional, o submarino Tridente navegou quase 17000 horas, 13000 das quais em imersão, perfazendo 811 dias de navegação e 1653 dias de missão. Percorreu mais de 87.450 milhas náuticas, o que se traduz em cerca de 4 voltas ao mundo.
Navegando silenciosamente ao serviço do país, o submarino Tridente participou em inúmeros operações e exercícios. Destacam-se as diversas participações em missões fora-de-área nas operações ACTIVE ENDEAVOUR e SEA GUARDIAN da NATO no âmbito da luta contra o terrorismo e na operação SOPHIA da EUNAVFORMED, que tem como missão a disrupção do modelo de negócio de tráfico humano e de substâncias ilícitas no Mediterrâneo. O Tridente participou em vários exercícios internacionais tais como BALTOPS, BOLD MONARCH, DYNAMIC MONGOOSE, DYNAMIC MARINER, REP, MARE APERTO e FOST, sendo também presença constante nos exercícios nacionais SWORDFISH, CONTEX-PHIBEX e INSTREX no contexto nacional.
De relevar também que o submarino Tridente foi o primeiro submarino português a realizar a travessia do Atlântico Norte no âmbito de um exercício na costa leste dos Estados Unidos da América, para certificação do seu sistema de lançamento de mísseis.