Fiel à sua matriz de promover as Letras Portuguesas, a Estoril Sol, volta este ano a atribuir os Prémios Literários Revelação Agustina Bessa-Luís e o Prémio Literário Fernando Namora, em homenagem a estes dois grandes escritores.
O Prémio Literário Fernando Namora, na sua 23ª edição, agora com periodicidade anual, é reservado a romances já publicados, recebendo o vencedor o valor de 15 mil euros.
Relativamente à 13ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, o objetivo assumido, desde o seu lançamento, é o de favorecer o aparecimento de novos escritores portugueses que queiram submeter a concurso um romance inédito, desde que não tenham “qualquer obra publicada no género”
Recorde-se que, desde 2016, o Prémio Revelação aboliu do seu Regulamento o limite dos 35 anos de idade para os concorrentes, cláusula que o Júri considerou estar a condicionar o aparecimento de novos valores.
“Um Muro no Meio do Caminho” de Julieta Monginho, foi o romance vencedor do Prémio Literário Fernando Namora em 2019. Votado por unanimidade este romance, de acordo com a deliberação do Júri, ”constrói-se sobre uma das mais pungentes tragédias contemporâneas: a dos refugiados, sobretudo sírios, em fuga de loucuras humanas cada vez mais selváticas. Os tormentos experienciados em campos de refugiados, particularmente no campo da ilha de Scios, desenha o contexto em que Julieta Monginho situa a problemática deste drama contemporâneo”.
O romance vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, no ano transato, foi “Um Símbolo Vivo”, de Cristina Cosme, posteriormente “rebaptizado” pela autora com o título “Silvana”.
O Prémio tem o valor de 10 mil euros e, nos termos do Regulamento, a obra será publicada pela Editora Gradiva, conforme o protocolo existente com a Estoril Sol.
Ao eleger “Silvana (Um Símbolo Vivo)”, o júri considerou tratar-se de “um romance que articula, com desenvoltura o jogo de prudências e astúcias das relações humanas”. Na acta do Júri, observa-se que o romance toma Lisboa como “cenário por onde a imaginação faz circular relações pessoais e amorosas. A Cidade e seus lugares desenham uma geografia de percursos afetivos, e, por vezes de sonhos e fantasias da protagonista, Silvana, uma mulher solitária em busca e si mesma”.
O Júri, é composto por de Guilherme D`Oliveira Martins, que preside, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Gil Loureiro, da Direção Geral do Livro e das Bibliotecas; Manuel Frias Martins, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários e ainda, Maria Alzira Seixo, José Carlos de Vasconcelos e Liberto Cruz, convidados a título individual, além de Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.
Conheça aqui o regulamento dos Prémios Literários da Estoril Sol