Com o objetivo de instalar um núcleo de visitação histórica, que represente os 800 anos do culto a Nossa Senhora da Peneda, a Câmara Municipal apoiou com 20.000,00€, o restauro de uma ala do Santuário, para aí conter um espaço expositivo, que permite aos visitantes viajarem no tempo e ficarem a conhecer os principais acontecimentos nestes 800 anos de existência, e a construção da Porta Jubilar.
Deste modo, na próxima quarta-feira será aberta a porta jubilar do Santuário de Nossa Senhora da Peneda pelo bispo de Viana do Castelo, oferecendo aos fiéis a oportunidade de visitar uma exposição cronológica do templo, desde 1220 até 2020.
Por causa da pandemia, a novena vai ser reduzida à oração de Laudes e à Missa, às 10h00, bem como à oração de Vésperas e do Rosário, às 17h00.
Estão também previstas iniciativas de âmbito cultural, no contexto dos 800 anos de culto a Nossa Senhora da Peneda, por parte do Comissariado para a Confraria e do Município de Arcos de Valdevez.
De referir que o Município de Arcos de Valdevez vai inaugurar um espaço informativo e interativo com a finalidade de promover o concelho, e em simultâneo prestar apoio aos visitantes.
Sobre:
A lenda de Nossa Senhora das Neves e a provável edificação de uma pequena ermida no local da aparição durante o século XIII, criam um cenário de culto durante a Idade Média, solidificado num novo templo edificado no século XVII, e definitivamente desenvolvido e consolidado na área de culto actual, iniciada no século XVIII e finalizada na centúria posterior. O espaço arquitectónico é composto pelo templo – igreja principal, iniciado em 1838 e finalizado em 1857; pelo escadório das virtudes, obra de 1854 que apresenta estatuária representativa da Fé, Esperança, Caridade e Glória; pelo grande terreiro; pelo terreiro dos evangelistas (de 1860); pelo escadório e suas 20 capelas, bem como pelo largo do Anjo S. Gabriel e pórtico principal de entrada com imagem de Nossa Senhora da Encarnação, ambas realizações do século XVIII. A romaria realizada a 7 de Setembro segue a tradição das grandes peregrinações marianas da Época Moderna, onde a envolvente paisagística, nomeadamente a proximidade de um grande elemento rochoso natural e a forte visibilidade, favoreceram o desenvolvimento de uma ambiência própria, com maior liberdade festiva e um isolamento espiritual mais próximo das necessidades dos romeiros.