A limpeza de terrenos é fundamental para a prevenção dos fogos em Portugal e a lei determina que todos devem estar limpos até ao dia 15 de março, só que os proprietários portugueses não limpam nem têm dinheiro para limpar terrenos. Um inquérito da Fixando, junto de 1.780 proprietários, diz que 44% ainda não efetuou qualquer limpeza, 31% não tem dinheiro, 21% não conhece quem o faça, 19% não tem disponibilidade e 17% alega que a metereologia não é favorável.
O inquérito, realizado entre os dias 17 e 22 de fevereiro, indica ainda que 65% desconhece que a coima pode ascender a €120.000 em caso de incumprimento, embora concorde com a lei.
Ficou-se a saber também que os proprietários gastam em média €375/ano com a limpeza e manutenção dos terrenos, mas cada vez mais, devido aos custos, cerca de 40% já o faz sozinho sem apoio de profissionais e apenas 35% recorre a profissionais.
A Fixando, que detém a maior plataforma para a contratação de serviços locais, foi por isso analisar o setor e verificou que a procura dos profissionais de limpeza de terrenos caiu 63% este ano face a 2020.
“Talvez por uma quebra generalizada dos rendimentos, aliada ao confinamento, a procura diminuiu drasticamente, mas os preços médios do serviço também caíram 38% para €325, quando em 2020 esse custo rondaria os €526, o que tem levado a que muitos optem por fazê-lo sozinhos”, explica Alice Nunes, diretora de Desenvolvimento de Negócio da Fixando.
O que dizem alguns Proprietários (que preferiram anonimato) sobre o tema “Proprietários portugueses não limpam nem têm dinheiro para limpar terrenos”:
“A limpeza de terrenos é essencial para evitar os incêndios e manter o ambiente mais agradavel aos olhos, se todos colaborassemos evitava-se o pior”;
“Limpeza com moderação sempre, ou ficamos então sem floresta. As pessoas não querem só cimento, a natureza é muito mais importante”;
“Devia se fazer muito mais para castigar quem deixa os terrenos ao abandono”.