Metade dos cabeleireiros e barbeiros em Portugal, por força da Pandemia, não irá resistir a mais 15 dias de paralisação da sua atividade e 27% não sobreviverá mais de 30 dias, sendo que, por cada dia os profissionais do setor perdem €175 em média, revela um inquérito da Fixando entre os dias 5 e 10 de março de 2021, junto de 12.180 profissionais e utilizadores da plataforma.
Os profissionais (73%) consideram o segundo confinamento muito negativo para a sobrevivência do seu negócio e outros (72%) discorda completamente com a atual proibição de exercer a sua atividade.
Segundo os resultados obtidos, percebeu-se que 45% dos profissionais já recorreu ao apoio do Estado, mas 27% não foi elegível, enquanto 18% recorreu à família, 9% contraiu empréstimos bancários.
O QUE DIZEM OS PROFISSIONAIS sobre a paralisação forçada de cabeleireiros e barbeiros por força da Pandemia :
“É triste estar tudo encerrado e nem domicílios nos deixarem fazer.”
“Sou esteticista/cosmetologista formada e formadora IEFP. Gostaria de houvesse regulamentação jurídica na minha profissão, para que, de futuro, a mesma não seja tão desvalorizada e os verdadeiros profissionais se destaquem sejam mais respeitados.”
“Sou estética e neste momento obtenho zero rendimentos.”
“Uma vez cumpridos os termos de distanciamento e higienização dos espaços não há razão para manter portas fechadas!”
“Acho que este setor não é responsável pelo grande crescimento da pandemia uma vez que cumpriu sempre com todas as regras ditadas pelo governo.”
O QUE DIZEM OS CONSUMIDORES:
Dos utilizadores da plataforma Fixando, 64% discorda com o atual encerramento, sendo que 81% considera dramático o impacto deste encerramento para os trabalhadores do setor.
Mais de metade dos inquiridos (58%) afirma que os cabeleireiros e centros de estética são fundamentais para garantir o bem estar dos portugueses, pois 53% recorre a estes serviços mais de 6 vezes por ano, 19% frequenta 4 a 6 vezes por ano, enquanto 18% vai 2 a 3 vezes por ano.
Segundo o inquérito, os serviços mais procurados são o corte de cabelo (84%), seguido pela manicure (41%), coloração/madeixas (40%), pédicure (28%), depilação a cera (19%) e tratamentos de estética não-invasivos (16%).
O QUE DEVE ABRIR JÁ?
A Fixando percebeu pelo inquérito realizado que as prioridades para a abertura de espaços na primeira fase do confinamento são:
– pequeno comércio (62%)
– escolas (58%)
– cabeleireiros e centros de estética (55%)
– restaurantes e cafés (48%)
– ginásios (22%)
– centros comerciais (16%)