A máxima “Vinho, quanto mais velho, melhor!” é uma falácia quando generalizada, mas, na realidade, alguns vinhos antigos têm potencial, principalmente os vinhos de guarda.
A noção de identidade está ligada ao que perdura, ao que distingue e ao que se recorda. Os vinhos não são exceção!
De um modo geral, os vinhos vão perdendo as suas características iniciais com o passar do tempo. Como ‘matéria viva’ que são, os vinhos no seu envelhecimento, tal como as pessoas, perdem juventude, exuberância, vigor e expressividade. Mas ganham outros aromas e, fruto do envelhecimento em garrafa, múltiplas texturas e camadas que só o tempo lhes é capaz de acrescentar.
Mas há contudo, uns vinhos que resistem mais que outros. Os vinhos Madeira mais do que quaisquer outros, os fortificados mais que os tranquilos e os tintos mais que os brancos, isto não falando dos vinhos concebidos por produtores e enólogos para serem “vinhos de guarda”.
Sem dúvida que os vinhos que apresentam uma longevidade mais interessante, são os fortificados. Mas se os tintos devido à combinação de taninos e acidez apresentam melhores condições de guarda, na verdade, há brancos que graças às suas castas e também ao modo como foram feitos, apresentam uma notável capacidade de envelhecimento.
Conhecer a realidade dos vinhos antigos introduzindo-os numa garrafeira é uma mais valia diferenciadora e ao mesmo tempo uma viagem à descoberta do mundo sedutor dos aromas terciários.
Olhando para os vinhos antigos e o seu potencial assim como o reflexo que podem ter nos produtores e nos setores empresariais da restauração e hotelaria, o Sommeliers Storytellers tem como tema “Vinhos antigos O potencial dos vinhos de guarda” e dois convidados, Sérgio Pereira e Pedro Soares, que não carecem de apresentações.
O encontro para mais uma emissão do Sommeliers Storytellers está marcado para as 21h30 desta segunda-feira, 5 de abril, e terá transmissão em direto nos canais oficiais do programa.
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