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“Uma Mística da Fragilidade”: Bienal ’21 Fotografia do Porto estreia-se em Lisboa

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“Uma Mística da Fragilidade”: Bienal ’21 Fotografia do Porto estreia-se em Lisboa
“Uma Mística da Fragilidade”: Bienal ’21 Fotografia do Porto estreia-se em Lisboa - ®DR

Estreia hoje em Lisboa a exposição “Uma Mística da Fragilidade”, incluída na programação da Bienal ’21 Fotografia do Porto. Nesta segunda edição, a iniciativa que reúne 19 propostas expositivas, ruma também a Lisboa, para se apresentar na Brotéria. De acesso gratuito, como todas as exposições que compõem a bienal, as exposições estão também disponíveis online.  

Reunindo os trabalhos de quatro artistas – Alexandre Delmar, Catarina Botelho, Carla Cabanas e Duarte Amaral Netto -, a mostra coletiva, patente até 10 de julho, reflete sobre o momento global, as consequentes dinâmicas de medo e incerteza e a vulnerabilidade da condição humana face à instabilidade dos sistemas. 

Associado à exposição, existirá um ciclo de conversas, também de acesso livre e gratuito, no mesmo espaço: “Investigação e curadoria no trabalho artístico com fotografia” (12 de junho), “A composição do imaginário no trabalho com fotografia: lugares do real e lugares inventados” (19 de junho) e “Som e imagem em movimento, o absurdo e o místico na fotografia” (26 de junho). 

Através de imagem fotográfica, vídeo e som, os quatro artistas convidados desenvolveram projetos originais que versam sobre as tensões entre vulnerabilidade e resiliência, solidez e fragilidade, luz e escuridão, morte e vida. Em “Adagiário ou formas de falar com pássaros“, Alexandre Delmar propõe um ensaio fílmico-fotográfico sobre a natureza frágil e resiliente das matérias, procurando um mapeamento ficcionado e tensionado do real. Catarina Botelho reúne em “das barricadas pode-se ver a cidade” registos de estruturas de resistência, ocultação e organização de terrenos reclamados para a agricultura de subsistência de pequena escala nos centros urbanos. “In an infinite blow”, de Carla Cabanas, simula um percurso pelas observações do espaço do telescópio Hubble, substituindo as estrelas por fragmentos de fotografias de um álbum de família. Por fim, Duarte Amaral Netto em “The End of an Ear” reflete a incógnita do momento presente, a incerteza do fim anunciado de uma era, e do princípio de uma outra que se avizinha sem se deixar ainda vislumbrar.

A Bienal Fotografia do Porto é organizada e produzida pela Plataforma Ci.CLO em coprodução com a Câmara Municipal do Porto, e financiada pela Direção-Geral das Artes, com o apoio mecenático do BPI e da Fundação “La Caixa”, o apoio institucional da Comissão Nacional da UNESCO e uma rede de vários parceiros estratégicos a nível nacional e internacional, nomeadamente Pro Helvetia – Swiss Arts Council, Futures, Universidade do Porto, Parsons School of Design e Fotofestiwal.

 

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