O 7º dia, dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, foi proveitoso para a Equipa Portugal, com os velejadores Jorge Lima-José Costa e Diogo Costa-Pedro Costa, a subirem nas classificações gerais e com Patrícia Mamona e Auriol Dongmo, a serem apuradas para as finais de triplo salto e lançamento do peso.
Dia de bons ventos para a Equipa Portugal em Tóquio 2020, com uma vitória em regatas para cada uma das duplas de velejadores: Jorge Lima-José Costa, em 49er, e Diogo Costa-Pedro Costa, em 470.
No atletismo, destaque para os apuramentos para as finais de Patrícia Mamona e Auriol Dongmo no triplo salto e no lançamento do peso.
Depois do destaque dos resultados obtidos pelos velejadores e do apuramento de Patrícia Mamona e Auriol Dongmo para as finais, o balanço da Equipa Portugal no 7º dia de Jogos Olímpicos:
ANDEBOL. A Equipa Portugal de Andebol enfrentou a campeã olímpica e mundial, Dinamarca, e perdeu na 4.ª jornada do torneio olímpico, por 34-28. Ao intervalo, a desvantagem de Portugal era de apenas um golo (19-20), mas na segunda parte os dinamarqueses foram-na dilatando até aos seis golos – 21-27 -, diferença que se manteve no final.
Figuras de destaque no jogo foram Mikkel Hansen, com 9 golos marcados, e o lateral direito, Mathias Gidsel, com 7. Do lado de Portugal, o guarda-redes Humberto Gomes conseguiu uma eficácia de 30%, tendo conseguido fazer dez defesas. Portugal segue nesta altura no 5.º lugar do grupo B, com 2 pontos, em igualdade com o Bahrein, ficando a decisão dos quartos-de-final adiada para o último jogo com o Japão, no domingo. Uma vitória selará automaticamente o apuramento.
ATLETISMO. São duas as finais femininas do Atletismo que já têm presença portuguesa garantida – triplo salto e lançamento do peso. No dia em que a competição da modalidade começou no Estádio Olímpico, Patrícia Mamona e Evelise Veiga entraram nas qualificações do triplo salto. Patrícia conseguiu superar a marca de qualificação direta fixada em 14,40 metros logo no primeiro ensaio – saltou 14,54 metros e garantiu um lugar na final de domingo, com o quarto melhor registo do concurso.
“Queria qualificar-me rapidamente para descansar para a final, para na final dar tudo”, confessou. “Vou descansar um bocadinho e focar naquilo que quero: a melhor marca de sempre. Obviamente, lutar pela melhor classificação e representar Portugal da melhor maneira”.
Quem também conseguiu qualificação na primeira tentativa foi Auriol Dongmo, na prova de lançamento do peso – 18,80 metros, a marca exata que garantia a qualificação direta para domingo. “Foi importante fazer um bom lançamento logo de início, para descansar e guardar o fôlego para a final. Vou dar o meu melhor e Deus vai fazer o resto”, revelou em declarações à RTP. “Sei que muita gente espera uma medalha, vou dar tudo e lutar até ao fim para o conseguir.”
Menos sorte teve Evelise Veiga na qualificação do triplo salto que, apesar de ter feito a melhor marca pessoal da época (13,93 metros, que acabaria por corresponder ao 19.º lugar das qualificações), não conseguiu garantir o bilhete para a final: “As qualificações são muito duras, o triplo salto está muito forte a nível mundial e sabia que o acesso à final não seria fácil, mas não foi por isso que deixei de acreditar”. Já Lorene Bazolo foi a 25.ª classificada na primeira ronda dos 100 metros. O tempo de 11.31 – o melhor de sempre de uma portuguesa, em Jogos Olímpicos – valeu-lhe o 4.º lugar na sua série, mas insuficiente para passar às meias-finais da distância. A mais rápida foi Marie-Josee Ta Lou, com o tempo de 10.78 segundos.
CANOAGEM. Antoine Launay classificou-se no 11.º lugar da meia-final de Canoagem de slalom, nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, e ficou a apenas um lugar e 43 centésimos da final, no Kasai Canoe Slalom Centre. O canoísta da Equipa Portugal cumpriu o percurso sem penalizações, em 98.88, tendo o último lugar elegível, o 10.º, sido assegurado pelo sueco Erik Holmer, em 98.45.
A Equipa Portugal apresentou protesto por alegada irregularidade cometida pelo australiano Lucien Delfour, 6.º na meia-final, em 95.52, que lhe daria 50 segundos de penalização (porta falhada), mas o júri não deu provimento. “Eu estava muito bem preparado, é difícil ficar a um lugar da final”, disse Antoine Launay, que fez uma competição sem qualquer penalização, tanto nas duas mangas da qualificação, como na meia-final.
JUDO. Rochele Nunes terminou a participação na competição olímpica de Judo (+78 kg), na 2.ª ronda, frente à líder do ranking mundial, Idalys Ortiz. A judoca da Equipa Portugal bateu-se de igual para igual com a adversária cubana e levou o combate para o “golden score”. Quando o cronómetro marcava 1:58, Ortiz conseguiu marcar um wazari e o combate acabou. “Eu não tinha um discurso de derrota preparado, peço desculpa, mas estou de consciência limpa, porque dei o meu melhor. Aqui estão as melhores e as que ganham são as melhores das melhores”, disse Rochele Nunes, que começou a competição a eliminar Melissa Mojica, de Porto Rico, também por wazari.
VELA. A dupla de 49er composta por Jorge Lima e José Costa terminou mais um dia de regatas com uma subida na classificação geral. Depois do 10.º lugar que traziam de quinta-feira, subiram quatro posições e após nove regatas são agora os 6.ºs classificados.
A primeira regata do dia abriu com um 5.º lugar, seguido de um 10.º. A última regata do dia coroou o trabalho dos portugueses com o 1.º lugar. “Obviamente que nos sentimos bem, são bons resultados, num dia importante e muito difícil, e deixam-nos com um sentimento de bastante satisfação”, destacou Jorge Lima. Prudência e ambição estão também no discurso de José Costa: “A nossa forma de pensar desde o início é que não importa o resultado com que terminamos uma regata, o que interessa é a seguinte.” Faltam ainda completar três regatas amanhã, antes do acesso à medal race, mas por agora os velejadores portugueses têm 73 pontos (53 pontos “net”). Na liderança continua a dupla britânica Dylan Fletcher e Stuart Bithell, com 50 pontos (34 “net”).
Diogo Costa e Pedro Costa, que competem na classe de 470, subiram três lugares na classificação geral, sendo agora 12.ºs, quando faltam quatro regatas para aceder à medal race. Os portugueses venceram a primeira regata do dia e foram 13.ºs na segunda, acumulando 66 pontos (51 pontos “net”).
“Foi um dia bastante melhor que os anteriores”, referiu Pedro Costa. “Hoje conseguimos a surpresa de ganhar uma regata, foi um momento especial. A segunda regata foi sólida e o balanço das duas é bom.” No final de seis das dez regatas, os portugueses estão mais confiantes nas suas prestações: “Até agora tínhamos tido regatas mais complicadas e sem dúvida que esta vitória é muito boa para voltar a dar motivação e confiança para os próximos dias, que vão ser muito importantes”, reforçou Diogo Costa. Amanhã será dia de descanso, com a competição a ser retomada a 01 de agosto. Esta sexta-feira terminou prova de Laser Radial em que competiu Carolina João.
Na sua estreia Olímpica, Carolina João fechou a participação com um 21.º e um 14.º lugar, e um total de 265 pontos (229 pontos “net”). A liderança ficou com Anne-Marie Rindom, que obteve 109 pontos (64 pontos “net). As 10 primeiras embarcações avançam para a medal race no dia 1 de agosto. No final da sua competição a velejadora estava orgulhosa da estreia e aponta já ao futuro: “Foi uma boa experiência, mas o resultado não foi bem o que eu esperava. Agora é continuar a treinar e em 2024 lá estaremos