Francisca Jorge “celebrou” a reentrada no top 400 com uma das melhores vitórias da carreira ao ultrapassar a primeira ronda do quadro principal do PORTUGAL LADIES OPEN. A número um portuguesa no ranking WTA, onde ocupa a 396.ª posição, venceu a brasileira Carolina Alves (323.ª), igualmente contemplada com um convite (wild-card), por 6-2, 6-7 (5/7) e 6-2. A vimaranense já tinha ganho um encontro num torneio igualmente dotado com um prize-money de 60 mil dólares, em Abril, no Jamor, mas este PORTUGAL LADIES OPEN é de maior cotação, pois oferece hospitalidade.
“Foi um encontro bastante duro, sei que ela joga muito bem até ao último ponto. Acho que estava superior, tive ponto para 5-1 e senti a pressãozinha de ter a vantagem e isso tirou-me um pouco de ânimo porque começou tudo a cair para o lado dela. No início do segundo set, não me senti muito confiante, mas acho que fui superior e, mentalmente, fui lúcida para lutar pelo jogo outra vez. Voltei-me a concentrar no que tinha de fazer e não propriamente no resultado, ser mais fria, manter-me calada e não exprimir muito o que estava a sentir e acho que passou muito por aí”, explicou Francisca Jorge, após o sexto duelo entre as duas num espaço de um ano
Ainda antes de saber que irá enfrentar a terceira cabeça de série, Harmony Tan (129.ª) – que num duelo cem por cento francês, eliminou Salma Djoubri (460.ª), com um duplo 6-3 – Francisca Jorge mostrou-se confiante para a segunda ronda do PORTUGAL LADIES OPEN. “Sinto-me a jogar bem, a mexer-me bem, a fazer boas jogadas e se conseguir aplicar o meu ténis e estar predisposta para as lutas posso ganhar a qualquer uma aqui”, frisou a tenista nascida há 21 anos em Guimarães.
Mais tarde, Francisa Jorge e a espanhola Olga Parres Azcoitia passaram aos quartos-de-final da prova de pares, ao derrotar a também espanhol Celia Cervino Ruiz e a italiana Angelica Moratelli, no match tie-break (que substitui o terceiro set): 3-6, 7-6 (7/3) e 10-7
Menos sorte tiveram as outras duas representantes portuguesas no quadro de singulares. Inês Murta (724.ª) perdeu com a cipriota Raluca Georgiana Serban (385.ª), por 6-3, 6-3, e Sara Lança (1073.ª) foi afastada pela francesa Marie Benoit (252.ª), por 6-2, 6-0.
“Ela entrou a falhar muito, ambas fomos subindo ao longo do encontro, mas ela joga muito bem. No segundo set, houve muitos jogos disputados, os últimos quatro foram às vantagens, com pontos duros, mas faltam-me mais jogos e mais vitórias”, resumiu Sara, agora a dividir o tempo entre o ténis e o curso de Informática. “O ano passado foi muito parado em termos de ténis e era difícil sair do país devido à pandemia e comecei as aulas no curso onde já estava inscrita. Não é fácil conciliar as duas coisas, mas no fundo é bom ter outra coisa em que pensar; é um escape”, afirmou Sara Lança.
Entre as vencedoras do dia encontram-se igualmente a principal favorita, a chinesa Saisai Zheng (94.ª) – que derrotou a japonesa Kyoka Okamura (302.ª), por 6-2, 6-1, em uma hora e 21 minutos – e a brasileira Beatriz Hadad Maia (124.ª) que dominou a britânica Eden Silva (443.ª), por 6-0, 6-1, em 71 minutos.
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