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Abriu o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes

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O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) foi inaugurado quarta-feira, dia 8 de dezembro, pelo Presidente da Câmara Municipal, numa cerimónia protocolar que contou com as presenças das ministras da Cultura, Graça Fonseca; da Agricultura, Maria do Céu Antunes (ex-presidente da Câmara); do secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel; da presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno e do vice-presidente da CDDR de Lisboa e Vale do Tejo, José Alho.

“O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes constitui-se, a partir de agora, como um centro cultural de excelência, dispondo de condições privilegiadas para o acolhimento de um programa expositivo de referência regional, nacional e internacional”, salientou o Presidente da Câmara numa alusão ao longo processo de concretização deste equipamento cultural, iniciado há mais de uma década num percurso que incluiu várias fases de redimensionamento do projeto face aos imperativos de gestão e de planeamento, incluindo na dimensão museológica. Manuel Jorge Valamatos apresentou o novo espaço cultural como “um polo nuclear de um projeto estratégico assente numa constelação de museus, de espaços de cultura e de turismo”, referindo-se à Rede de Museus de Abrantes que integra, para além do MIAA, o Museu Metalúrgica Duarte Ferreira, em Tramagal – Museu  Português do Ano em 2018; o Panteão dos Almeida, na Igreja de Santa Maria do Castelo – Fortaleza de Abrantes e, brevemente, o MAC – Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida (em obra).

O novo museu está instalado no antigo Convento de S. Domingos, peça central do património construído da cidade de Abrantes, que foi restaurado e reabilitado para espaços museológicos, através de projeto do Arquiteto Carrilho da Graça. 

Em termos de vocação, o MIAA é um museu interdisciplinar de Arqueologia, História e Arte que integra peças do acervo municipal de arqueologia e arte do Município de Abrantes, recolhido desde os anos vinte do século XX; espólio de pintura e desenhos da pintora Maria Lucília Moita (doado ao município para fruição pública, através de contrato) e parte da Coleção Arqueológica Estrada, de propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos.  (peças cedidas para fruição pública, através de contrato de comodato). Com projeto de museologia de Fernando António Batista Pereira, de Luiz Oosterbeek e do Município de Abrantes, são peças dessas coleções que dão forma à Exposição Permanente representadas nas seguintes salas: Escultura Romana; Pré-História; Idades do Bronze e do Ferro; Antiguidade; Tesouro; Arte da Idade Média e Idade Moderna; Escultura da Idade Média e do Renascimento de Abrantes e Maria Lucília Moita. Uma das componentes diferenciadoras do MIAA é a reconstituição de contextos históricos para uma melhor compreensão do passado, através de um arco cronológico, incluindo a evolução da representação da figura humana, ou de elementos da natureza, permitindo ao visitante conhecer um pouco mais sobre a vida quotidiana de diversas populações do mundo antigo em vários territórios da Península Ibérica, entrelaçando a história local, iniciando na Pré-história e culminando na Arte Contemporânea.

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