Apesar da queda sofrida por António Maio, já perto do final da quinta etapa do Rali Dakar, o piloto da Yamaha, terminou o dia no 16º posto, sendo o melhor português na etapa de hoje. Já Mário Patrão reentrou no Top 10, ao conseguir a quarta posição, na exigente e desafiante classe Original by Motul.
António Maio estava a fazer uma etapa notável quando uma queda já perto do final lhe fez perder a hipótese de terminar o dia bem próximo do Top 10 do Rali Dakar onde rolou ao longo de boa parte do troço cronometrado de 346km realizado em torno de Riyadh. Apesar deste contratempo o piloto da Yamaha subiu mais duas posições na classificação geral onde ocupa agora o 24º lugar subindo também para a 21ª posição da categoria GP.
Acerca da queda Antonio Maio contou que “A especial estava a correr-me muito bem. A dada altura, num way point, o Sanders andava perdido e eu consegui logo encontrar o caminho o que foi muito bom para mim. Ao chegar às dunas caí e a mota ficou com o escape em cima da minha perna junto ao joelho. A minha sorte foi que a mota caiu mesmo em cima da joelheira. Queimei as calças, a joelheira toda e os dedos.”
“Por não conseguir sair debaixo da mota, tive que ficar à espera de que o Soultrait chegasse para me ajudar. Depois disto peguei na mota e consegui gerir a corrida até ao final. No entanto, com esta queda perdi muito tempo. De resto senti-me bem durante toda a especial e a navegação correu muito bem o que é um ponto muito positivo” concluiu António Maio que terminou o dia no 16º posto, sendo o melhor português na etapa de hoje.
Mário Patrão que tem vindo a melhor a sua performance de dia para dia, conseguiu na quinta etapa do Rally Dakar, que hoje se disputou em torno de Riyadh, a quarta posição resultado que lhe permitiu reentrar no Top 10 da geral, aproximando-se de forma significativa das primeiras posições.
O Campeão Europeu de Bajas, tem conseguido imprimir um excelente andamento associado a uma navegação sem falhas, o que lhe permite escalar progressivamente lugares na tabela classificativa, não só da classe destinada aos pilotos “male moto”, mas também na classificação geral absoluta.
Para o piloto português, o setor seletivo de 346 km “tinha um pouco de tudo, mas era rápido. Tinha pedra, rios e acabava com dunas. Correu tudo bem. Algumas pedras que se encontravam em zonas rápidas vão exigir alguma atenção na revisão da moto que vou fazer agora, pois fizeram alguns estragos, mas só posso dizer que a moto se portou lindamente.”
Mário Patrão referiu ainda que “foi mais um dia em que foi preciso apostar numa boa gestão do tempo, da moto, e navegação. Agora é hora da mecânica. Foi mais um dia muito positivo, felizmente. Gradualmente estou a imprimir o ritmo que pretendo.”
Disputa-se amanhã a sexta etapa do Dakar 2022 que conta com um setor seletivo de 404 km cronometrados. A segunda especial circular realizada em torno de Riyadh dá por concluída a primeira semana de prova. Mais uma vez as dunas fazem parte do percurso e terão uma extensão de cerca de 40 km.