Em vésperas do jogo para a Champions, entre o Sporting e o Manchester City, Rúben Dias volta a defrontar o clube de Alvalade, mas agora enquanto jogador do Man. City. O clube inglês parte como favorito no plano teórico, mas o internacional português alerta para a qualidade coletiva do adversário, mais do que qualquer individualidade.
Em entrevista à Eleven, Rúben Dias assumiu a ambição do clube inglês em conquistar a Champions League, mas salientou o coletivo do Sporting “ Não o conseguiria fazer, nem acho que seja justo para qualquer um deles. Porque têm bastantes jogadores que se têm destacado. Se uma equipa tem sucesso, tem sempre de haver sucesso coletivo. O Sporting é um exemplo disso. Não creio que faça sentido destacar ninguém em específico, porque o coletivo do Sporting é forte”.
Um coletivo com caráter e identidade. Dois fatores que definem a equipa do Sporting, na opinião do defesa dos citizens, Rúben Dias. “Acima de tudo, a personalidade da equipa. Se há algo a frisar, é isso. De todos os fatores, isso é o que lhes está a dar o sucesso que estão a ter. E é por isso que sabemos que temos de estar alerta e no nosso melhor”, referiu Rúben Dias.
Regressar a Lisboa para o internacional português vai ser um momento especial. Mas acima de tudo, há uma missão maior para alcançar na capital portuguesa. “Tem esse pedaço de especial pelo regresso a Lisboa. Mas faz parte. E acredito que seja esse o espírito de todos os nomes que acabaste de dizer [Bernardo Silva, João Cancelo e Ederson]. Mas também temos de largar esse sentimento e saber que é apenas mais um jogo que queremos ganhar e ser melhores”.
E pela vinda de Rúben a Portugal, não faltaram pedidos para assistir ao jogo em Alvalade. “Recebi bastantes pedidos, mas como é óbvio não haverá possibilidade de corresponder a todos. Mas dei o meu melhor e como sempre, as pessoas mais próximas de mim lá estarão”.
Além de Sporting, também o Benfica está na fase eliminatória da Champions. Apesar do momento menos positivo do antigo clube, Rúben Dias espera que as águias cheguem o mais longe possível. “Óbvio que o momento do clube não é o melhor. Tenho acompanhado, nem sempre com muita atenção porque não me é possível. Mas sempre que posso e tenho tempo, acompanho. Tudo o que posso desejar, é o melhor desfecho possível para o Benfica. E que possam seguir em frente”, expressou Rúben Dias.
Formado no Seixal, o internacional português reconhece a qualidade da formação e o desenvolvimento nas camadas jovens do Benfica como um dos melhores atualmente. “É um misto da cultura do clube com as condições que o clube tem vindo a proporcionar, especialmente nos últimos anos. É muito diferenciado da maioria”.
Na última temporada, o Man. City caiu no jogo das decisões perante o Chelsea e falhou a conquista da primeira Champions League da história do clube. O desejo e o sonho mantêm-se, sem pressões adicionais. “Nem é o tudo ou nada, nem é uma pressão negativa. É uma pressão boa, de exigência, de ambição. É uma pressão de muita vontade de todos.” garantiu o defesa de 24 anos.
A cumprir a segunda temporada no Man. City e apesar de muito jovem, Rúben Dias já é capitão de um dos clubes mais poderosos do mundo. Um fator de orgulho, mas que encara com normalidade. “Significa muito para mim. Ainda para mais ser nomeado capitão após a minha primeira temporada. Acredito muito que tendo ou não tendo braçadeira, cada um deve ser capitão de si mesmo. E ao seres o capitão de ti próprio, estás automaticamente a ser um líder para todos. Porque estás a dar o exemplo, estás a respeitar o grupo que trabalhas. É também uma responsabilidade muito maior. Mas é algo que nunca me deu ansiedade ou levou-me a criar demasiada expectativa. Não há maior ambição ou responsabilidade do que a que eu tenho para mim próprio. É óbvio que é especial e tem o seu peso”.
Quanto à presença de Portugal no Mundial, Rúben Dias garante que o desejo dos jogadores é o mesmo de todos os portugueses. “Sabemos o quão importante é estar no Campeonato do Mundo. Todos sentimos da mesma forma o facto de não nos termos apurado diretamente e o peso da decisão ficar pendurada num playoff. O que faz sentido dizer, é que quando chegar o momento, toda essa sensação que sentimos, vai ter de vir ao de cima” referiu o internacional português.