O Festival Iminente, evento internacional que cria pontes entre diferentes expressões urbanas com foco na cultura urbana, está de regresso à Matinha, em Lisboa, de 22 a 25 de Setembro, com concertos, performances e conversas de artistas e intervenientes nacionais e internacionais. Os bilhetes estarão disponíveis a partir de Maio.
Também durante o mês de Maio, o Festival Iminente sai do território nacional pela quinta vez e instala-se, de 20 a 21 de Maio, no MuCEM (Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo), instituição cultural de renome internacional em Marselha, França. Serão dois dias e duas noites em que o festival se apropria deste espaço privilegiado, dedicando-o às culturas urbanas com concertos, performances, instalações artísticas de grande escala e conversas.
Realizado no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França 2022, o Festival Iminente Marseille é, segundo Carla Cardoso, directora do Iminente, “uma oportunidade para promover artistas portugueses internacionalmente, estabelecendo uma importante parceria na realização de programas ligados à cultura urbana. Traduz-se numa experiência criativa autêntica, que visa chegar a um público alargado, potenciada pela relevância sociocultural e localização do MuCEM, assim como pela abrangência do programa, que será revelado em breve”.
IMINENTE NOS BAIRROS
Regressando a Lisboa, entre Junho e Setembro, realiza-se pela segunda vez no Festival o projecto Bairros: workshops artísticos comunitários Iminente. O Iminente volta a instalar-se em diversos bairros, promovendo 16 workshops de diversas expressões artísticas, em quatro territórios. Destinados a crianças, jovens e gerações mais velhas, haverá actividades ligadas às artes plásticas, à música, à arquitectura, à fotografia, e à performance em quatro bairros: Alta de Lisboa, Bairro do Rego, Vale de Alcântara e Vale de Chelas.
Com co-organização e co-programação do Festival Iminente, Geração Com Futuro, Passa Sabi, Associação de Moradores do Per 11, Grupo de Jovens do Per 7 e do Espaço Comunitário do Loureiro, e com o apoio na organização da Fundação Aga Khan Portugal, esta iniciativa tem como objectivo desenvolver projectos e sinergias com os moradores e associações locais, transportando o espírito Iminente para novas experiências de desenvolvimento criativo comunitário, não só levando a arte a diversos bairros da cidade, mas também levando as suas populações a tornarem-se participantes activos da construção do Festival Iminente em Lisboa. Para Carla Cardoso, “é fundamental esta aproximação das comunidades da cidade à produção artística contemporânea e o envolvimento destas associações locais nos objectivos do Iminente”.
EXPOSIÇÃO INTERFERÊNCIAS – MAAT
De 30 de Março a 5 de Setembro, realiza-se no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – a exposição Interferências – Culturas Urbanas Emergentes. Uma exposição colectiva na galeria principal do museu, com curadoria de Alexandre Farto, António Brito Guterres e Carla Cardoso.
Tendo como ponto de partida a diversidade cultural da cidade de Lisboa, a exposição aborda vários temas que estruturam o desenho da metrópole, gerando diálogos entre esse palco e os seus actores. São também estes temas que dão o mote a uma agenda de eventos que contribui para a narrativa de Interferências, parte dos quais se pretende que gerem contributos que integrarão a exposição, tornando-a um projecto dinâmico revelado ao longo dos cinco meses.
É neste contexto que o Iminente concebe e desenvolve um conjunto de workshops, realizados na galeria principal e coordenados por artistas cujo trabalho se encontra incluído na exposição. Estes workshops São direccionados a visitantes da exposição, e os resultados poderão vir a ser posteriormente incluídos como peças integrantes da mesma, estabelecendo assim uma ponte unificadora entre público e artistas. Esta iniciativa visa abrir a exposição à reinterpretação, conferindo-lhe uma plasticidade que reflecte as suas premissas conceptuais e socioculturais.
No âmbito de Interferências, acontecerá ainda a reinterpretação do Painel do Mercado do Povo, uma intervenção mural coletiva promovida pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos e realizada a 10 de junho de 1974. Integrando as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, que se iniciam já em 2022, esta intervenção decorrerá nos jardins do MAAT e contará com a participação de 48 artistas, entre artistas envolvidos na criação do painel original, artistas da exposição e outros que se destacaram na cena artística portuguesa ao longo dos últimos 48 anos de democracia, que este ano se completam. A estes artistas juntar-se-ão outros da música e performance, numa programação a cargo do Iminente.