Dominic Thiem é o segundo Wild Card da sétima edição do Millennium Estoril Open. Um dos melhores jogadores do mundo na última meia dúzia de anos, o campeão austríaco apresenta um currículo que faz automaticamente dele um dos favoritos ao título e vai integrar o quadro principal após ter solicitado um wild card ao diretor do torneio, João Zilhão. «Olá a todos! Gostava de vos dizer que a minha recuperação do Covid se está a processar bem e que estarei de novo pronto para competir nos próximos dias», referiu numa mensagem enviada à organização. «Queria agradecer ao Millennium Estoril Open pelo convite para jogar este ano em Cascais. Têm-me dado excelentes referências sobre o torneio e estou desejoso de ir jogar a Portugal e regressar ao circuito. Obrigado!».
Será a estreia absoluta do recente número três mundial em torneios do ATP Tour jogados no nosso país, seis anos após ter liderado a formação austríaca na vitória sobre Portugal numa eliminatória da Taça Davis, em Guimarães. «Há já algum tempo que procurávamos contar com a presença de Dominic Thiem no Millennium Estoril Open. Para além de já ter ganho um título do Grand Slam no US Open, é considerado um dos melhores da atualidade na terra batida e as suas duas finais em Roland Garros atestam-no», refere João Zilhão. «Teve alguns azares nos últimos meses, mas esses problemas estão ultrapassados e esperamos vê-lo no máximo da sua força. É não só um dos melhores jogadores do mundo em terra batida, mas também um extraordinário competidor muito apreciado pelos fãs de todo o mundo».
FINAIS DO GRAND SLAM E CARRASCO DOS BIG 3
Beneficiário do segundo wild card para o quadro principal (o primeiro foi atribuído a João Sousa), Dominic Thiem passa a ser o jogador com melhor palmarés entre os presentes no maior evento tenístico português. Embora não ostentando tantos títulos como o veterano Marin Cilic (17 contra 20) e tendo também ganho um troféu do Grand Slam (o US Open, como o croata), foi ainda finalista duas vezes em Roland Garros (2018, 2019) e uma vez no Open da Austrália (2020), sem esquecer mais duas presenças no derradeiro encontro do ATP Finals (o torneio dos mestres, em 2019 e 2020). No total, o austríaco jogou 28 finais na sua carreira e, mesmo que tenha ganho os seus títulos doGrand Slam (US Open, em 2020) e Masters 1000 (Indian Wells, 2019) em hardcourts, distinguem-se especialmente as suas credenciais em terra batida: dez títulos em 17 finais, sendo considerado o maior especialista das superfícies ocres na última meia dúzia de anos após Rafael Nadal.
Filho de professores de ténis, é famoso pela sua esquerda a uma mão, mas a direita é a pancada mestra de um jogo poderoso e difícil de contrariar. O seu currículo fala por si: é apenas um de dois tenistas, juntamente com o ex-número um Andy Murray, a derrotar pelo menos cinco vezes cada um dos chamados Big 3 (Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic). A sua qualidade torna-o num dos protagonistas no Clube de Ténis do Estoril, mesmo que ultimamente tenha jogado pouco devido a uma complicada lesão no pulso direito que o fez baixar para a 51ª posição no ranking. Treinado pelo antigo campeão olímpico Nicolas Massu e contando com o apoio do seu fisioterapeuta português Carlos Costa, está a ganhar ritmo para a temporada europeia em pó-de-tijolo que tantas alegrias lhe deu no passado. E se a mãe Karin tem por tradição fazer uma tatuagem sempre que o filho ganha um título; talvez tenha de fazer outra após a participação do simpático austríaco (um dos mais populares jogadores do circuito devido ao fair-play que demonstra) no Millennium Estoril Open.
A sétima edição do Millenium Estoril Open decorre de 23 de abril a 1 de maio, nas instalações do Clube de Ténis do Estoril.