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Museu do Tesouro Real reúne Joias da Coroa Portuguesa

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Museu do Tesouro Real reúne Joias da Coroa Portuguesa
Museu do Tesouro Real reúne Joias da Coroa Portuguesa - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Resultado da bem-sucedida relação entre a Cultura e o Turismo, o Museu do Tesouro Real, instalado na ala poente do Palácio Nacional da Ajuda, terá em exposição as Joias da Coroa Portuguesa e peças da ourivesaria real, uma coleção com mais de mil peças, que em muito enriquece a qualidade e diversidade da oferta cultural de Lisboa do eixo Belém e Ajuda. A abertura ao publico será na próxima quinta-feira dia 2 de junho.

As joias da Coroa e as peças da ourivesaria real portuguesa passam a estar expostas, no Museu do Tesouro Real, pela primeira vez em morada própria e permanente. O novo equipamento cultural da capital portuguesa tem como desígnio projetar Lisboa como um destino cada vez mais atrativo para residentes e visitantes de todas as partes do mundo.

O acervo único de valor patrimonial inestimável exposto no Museu do Tesouro Real é constituído por raras e valiosas joias, insígnias e condecorações, moedas e peças de ourivesaria civil e religiosa, como é exemplo a coroa, a laça de esmeraldas de D. Mariana, aquela que se pensa ser a segunda maior pepita de ouro do mundo ou a caixa de tabaco encomendada por D. José ao ourives do Rei de França, no séc. XVIII, e que a amante de Luís XV não queria deixar sair de Paris. 

Estes símbolos de poder e objetos pessoais de luxo representam uma das mais importantes coleções mundiais, pela sua dimensão, raridade e qualidade e contam a história de Portugal vivida a partir do Palácio Nacional da Ajuda, a casa dos últimos reis de Portugal.

O espólio do Museu do Tesouro Real está instalado numa das maiores caixas-fortes do mundo (40 metros comprimento, 10 metros de largura e 10 metros de altura), com três pisos, munida com sofisticados equipamentos de segurança e videovigilância, portas blindadas de 5 toneladas, vitrines com controlo de temperatura e humidade e vidros à prova de bala.

A visita organizada para a imprensa, decorreu esta segunda-feira (30), e foi acompanhada pelo diretor geral do Turismo de Lisboa, Vítor Costa, pelo diretor do Palácio Nacional da Ajuda, José Alberto Ribeiro, pelo diretor geral do DGPC e arquiteto responsável pelo projeto, João Carlos dos Santos, e por Pedro Moreira, diretor de operações do Museu do Tesouro Real.

A totalidade do projeto (que incluiu a obra de remate da ala poente do Palácio Nacional da Ajuda que esteve inacabada durante 226 anos, bem como a requalificação do espaço público na Calçada da Ajuda) tem um valor de investimento de 31 milhões de euros, maioritariamente viabilizado pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa (18 milhões de euros). O Ministério da Cultura/DGPC investiu quatro milhões e 800 mil euros e a Associação Turismo de Lisboa investiu nove milhões de euros.

O projeto museológico foi da responsabilidade da Direção Geral do Património Cultural (arquiteto João Carlos Santos) e do Palácio Nacional da Ajuda, tendo sido o layout de museografia concebido pela “Providência Design”. A execução do projeto, incluindo a obra no Palácio, foi da responsabilidade da Associação Turismo de Lisboa, por incumbência da Câmara Municipal de Lisboa, com o acompanhamento da Direção Geral do Património Cultural. A gestão científica do Museu é da responsabilidade do Palácio da Ajuda e a gestão operacional e turística fica a cargo da Associação Turismo de Lisboa.

Com o empenho de todas as partes envolvidas, o Museu do Tesouro Real realça o valor artístico e simbólico das peças, explicando o seu papel ao serviço da monarquia, nas funções cerimoniais de representação do poder régio, na devoção real, na atividade diplomática ou no colecionismo oitocentista.

O espaço abre portas ao público, na próxima quinta-feira, dia 2, depois da inauguração, quarta-feira (1), conduzida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas e ainda pelo presidente adjunto da Associação de Turismo de Lisboa, José Luís Arnaut.

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