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Jardim Botânico – o recolhimento e deleite devolvidos aos lisboetas.

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Jardim Botânico – o recolhimento e deleite devolvidos aos lisboetas.
Aldrabiscas

Inseridas no âmbito do projeto do Orçamento Participativo, da Câmara Municipal de Lisboa, as obras de requalificação a que este Jardim científico foi submetido foram essencialmente infraestruturais e quase não se dão por elas, mas foram fundamentais para o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, na zona do Príncipe Real. Visível é o novo pavimento de todos os caminhos e a recuperação dos gradeamentos que revelam pontos de observação das coleções botânicas ali plantadas ao longo de 140 anos de história. Também o sistema de rega e de drenagem de águas foi completamente renovado evitando a perda desse bem tão precioso.

Estiveram presentes na cerimónia de reabertura Fernando Medina,Presidente da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, vereador do ambiente da CML e de António Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa.

De acordo com as palavras de José Sá Fernandes “Foram os Cidadãos que pediram que se fizesse esta obra, obra quase de ourivesaria, porque foi basicamente de infraestruturas… Embora acabada com atraso significativo, que pode ter muitas desculpas, mas apesar de tudo bem-feita … Finalmente arranjamos o piso certo para este tipo de jardins…”

Na semana em que se tomou conhecimento que Lisboa vai ser, pelo 2º ano consecutivo, finalista a “Capital Verde Europeia”, Fernando Medina, refere que “é com enorme satisfação, por este dia, por este espaço ser de novo devolvido à cidade de Lisboa. É um espaço mítico e emblemático com uma legião de amigos, de fãs e de defensores que estiveram na primeira linha da sua recuperação ao proporem um orçamento participativo …” agradecendo a todos a colaboração e a participação nesta obra.

Fernando Medina quis ainda dar conta do momento que a cidade está a viver e da aposta que tem sido feita na devolução destes espaços antes fechados ou antes degradados á fruição dos lisboeta e que tem sido uma estratégia de há varias anos da camara, o que faz com que semana após semana estejam a ser devolvidos á cidade vários espaços públicos, como o renovado Campo das Cebolas, inaugurado na passada semana, para alem dareativação, do elétrico 24, e a reabilitação do jardim do Campo Grande, que no dia 25 de Abril se passará a chamar Jardim Mário Soares.

O Presidente da edilidade afirmou ainda que” A cidade vive hoje um momento único de dinamismo e assim continuaremos” destacando “a excecional relação da Câmara Municipal com a Universidade de Lisboa” e vincou alguns projetos em curso, como a ampliação da rede de residências universitárias e a recuperação de vários espaços da academia.

Seguiu-se uma visita guiada, em que os curadores Manuel Jose Pinto e César Garcia, deram a conhecer a enorme diversidade de plantas recolhidas pelos primeiros jardineiros, o alemão E. Goeze e o francês J. Daveau, provenientes dos quatro cantos do mundo.

A notável diversidade de palmeiras, vindas de todos os continentes, confere inesperado cunho tropical a diversas localizações do Jardim. As cicadáceas são um dos ex-libris do Jardim. Autênticos fósseis vivos, representam floras antigas, que na maioria se extinguiram. Hoje, são todas de grande raridade, havendo certas espécies que só em jardins botânicos se conservam. O Jardim é particularmente rico em espécies tropicais originárias da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul, o que atesta a amenidade do clima de Lisboa e as peculiaridades dos microclimas criados neste Jardim.

Em pleno coração de Lisboa e em forte contraste com o seu bulício, as cores, as sombras, os cheiros e os sons do Jardim da Politécnica dão recolhimento e deleite, para além de que se tratando de um jardim botânico, outras funções desempenha que não apenas as de lazer e recreio passivo.

Como acontece na generalidade dos jardins botânicos, também este Jardim, desenvolve, em permanência, ativos programas de educação ambiental, para os diferentes níveis etários da população estudantil e oferece visitas temáticas guiadas.